Antes que cheguem as desculpas, os desmentidos, as justificativas, governador Jaques Wagner, deixe-me garantir-lhe: eu vi, governador.
Eu estava em Ondina, na noite deste sábado (9/2), quando passava o Chiclete com Banana.
Até as pedras do Pelourinho sabem que a banda empolga os foliões por todo o país, e principalmente em Salvador.
O magnetismo do Chiclete arrasta uma multidão à volta do bloco. Cria-se o cenário ideal para a ação dos ladrões, que se aproveitam da euforia para promover arrastões, criar tumultos, promover brigas que facilitam o roubo.
Quantas vezes a banda parou de tocar, por conta disso!
Até as pedras do Pelourinho conhecem o cenário, menos os responsáveis pelo policiamento em Ondina, a julgar pelo que aconteceu nesse sábado.
Eu vi, governador, pessoas sendo jogadas contra as barracas dos ambulantes, mulheres em pânico, turistas desorientados, um deles depois de ter arrancada a camisa, o relógio, a carteira. À força. Cercado por uma horda de marginais.
Que iam e vinham, à vontade. Brigavam, à vontade. Espalhavam o terror. À vontade. Por que, governador, nem um só policial podia ser visto desde o Camarote da Band até o de Claudia Leitte, na rua paralela ao circuito. Nenhum coturno. Nem um só capacete. Nada. Até os módulos à beira do circuito estavam vazios. Todos. Naquele momento eram ocupados por foliões.
E isso durante eternos 40 minutos.
Alguém precisa explicar ao senhor por que os policiais não estavam lá - e em maior número do que o habitual, naquele momento, como recomenda a prudência.
E que eles não estavam lá, eu posso garantir, governador. Porque eu vi.