O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, afirmou que o avanço do crime organizado é um desafio nacional e ressaltou a importância de ações articuladas entre os estados e o governo federal. A declaração foi feita em entrevista à TV Bahia, em meio aos desdobramentos da Operação Contenção, no Rio de Janeiro.
Durante a entrevista, Jerônimo Rodrigues lamentou as mortes de civis inocentes ocorridas nas recentes operações policiais no Rio de Janeiro. Segundo ele, é essencial proteger trabalhadores e pessoas em situação de vulnerabilidade, frequentemente impactadas por confrontos entre forças de segurança e facções criminosas.
O governador informou que o governo baiano acompanha com atenção os efeitos da Operação Contenção, voltada ao enfrentamento da facção Comando Vermelho. A ação, realizada no Rio, resultou na prisão e morte de indivíduos da Bahia ligados ao grupo criminoso.
Jerônimo explicou que o secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, está monitorando a situação e mantendo contato com autoridades fluminenses. O objetivo, segundo ele, é trocar informações e oferecer apoio institucional, avaliando possíveis impactos no território baiano.
Apesar de a operação estar sob comando do Rio de Janeiro, o governador afirmou que a Bahia mantém vigilância constante para evitar reflexos locais. Ele destacou que as forças de segurança do estado atuam de forma integrada, com uso de inteligência e tecnologia, para conter a expansão de facções criminosas.
Jerônimo defendeu que o enfrentamento ao crime não deve se limitar ao uso da força, mas envolver estratégias baseadas em inteligência, cooperação entre os entes federativos e fortalecimento das polícias estaduais. Para ele, a criação de políticas permanentes de segurança pública é essencial para desarticular as organizações criminosas.
O governador também mencionou os resultados recentes da Operação Primus, realizada na Bahia, que apreendeu drogas, armas e dinheiro. Ele afirmou que as ações são planejadas com rigor para evitar excessos e garantir a efetividade no combate à criminalidade. “Para mim, bandido bom é bandido preso, entregue à Justiça e punido conforme a lei”, concluiu.

