O Coreto do Forró, no Pelourinho, em Salvador, terá novamente o Trio Querubim, que se apresenta na noite desta quarta-feira (11 de junho) a partir das 19h. Mais cedo, a partir das 17h, a DJ Preta antecede as aulas de forró do Grupo Forrozin, que começa às 18h.
DJ Preta voltará ao palco, às 20h, seguida de mais uma sessão de aulas do Grupo Forrozin.
Na quinta-feira (12), no Coreto do Forró, a festa começa às 20h, com o Baile Chamego, um forrozinho apaixonado para celebrar o Dia dos Namorados. Enquanto isso, na Arena Arromba Chão, a música eletrônica do DJ Schlang levanta a poeira, a partir das 17h.
No dia (19), quinta-feira, o público poderá conferir os shows de Luana Matos, Flávio José, Trio Nordestino, Geraldo Azevedo e Matheus Fernandes.
Na sexta-feira (20), Léo Estakazero, Catuaba com Amendoim, Bailinho de Quinta e Berg Rabelo levam as tradições juninas para o palco armado em frente à Fundação Casa de Jorge Amado.
Sábado (21) terá Mestrinho, Virgílio, Gatinha Manhosa e Fábio Carneirinho.
No domingo (22), as atrações são Adelmo Casé, Adelmario Coelho e Ávine Vinny.
Segunda-feira (23) será a vez de Falamansa, Alceu Valença e Zé Duarte assumindo a festa por lá.
E na terça-feira (24) Santana, Limão com Mel, Nuzio Medeiros, Del Feliz e Forró Saborear.
Samba junino
Uma manifestação cultural tipicamente soteropolitana, que nasceu na década de 1970 e reconhecida pela Fundação Gregório de Mattos (FGM) como Patrimônio Cultural Imaterial de Salvador, o samba junino também faz parte dos festejos na capital baiana.
Entoados sob a influência do samba duro, os grupos mantêm a tradição em diferentes bairros da cidade, a exemplo do Engenho Velho de Brotas, Federação, Garcia, Matatu, Pituaçu, Tororó e Canabrava.
“O samba junino é uma expressão cultural afro-brasileira autêntica de Salvador, surgida em torno dos terreiros de candomblé e das matrizes referenciais do samba de caboclo e do samba de roda. Os ensaios dos grupos de samba junino costumam começar no Sábado de Aleluia e as apresentações/arrastões se concentram no período junino (incluindo as festividades de Santo Antônio, São João e São Pedro), seguindo até o mês de julho”, explica o diretor de Patrimônio da FGM, Vagner Rocha.
Além dos ensaios, arrastões e festivais nos bairros, sete mestres e uma mestra do samba junino serão homenageados durante a programação do Arraiá da Prefs – que acontece até o dia 18, na Rua Chile e na Praça Municipal.
A entrega das placas aos mestres será feita no domingo (15), na Praça Municipal, em reconhecimento à trajetória destes agentes culturais. A cerimônia também vai contar com a apresentação de alguns grupos contemplados no edital.
Os grupos de samba junino vão realizar ensaios e arrastões nos seus bairros de origem e participar de pelo menos um dos festivais contemplados no edital: o 47º Festival de Samba Duro Junino do Engenho Velho de Brotas, que será realizado no dia 24 de junho, às 18h; e o Festival Salvador, Samba Junino, que acontece no Largo do Garcia em 29 de junho, a partir das 15h.
De acordo com a presidente da Liga do Samba Junino, Renata Rodrigues, responsável pelo Festival Salvador, Samba Junino -, a última edição atraiu um público com cerca de dez mil pessoas no Garcia. “A gente adota o dia 29 porque é quando se comemora o São Pedro e dá para todo mundo participar do festival, que é realizado há seis anos. Conseguimos fazer o evento a partir dos recursos do edital Samba Junino e, neste ano, fomos contemplados com R$ 50 mil”, destaca.
Um dos grupos participantes do edital é o Leva Eu, que fará uma homenagem a Maria Felipa durante o arrastão pelo Engenho Velho de Brotas, marcado para o dia 24 de junho. Irailton Bonfim faz parte do Leva Eu e enfatiza a tradição mantida pelo grupo em mais de quatro décadas. “Nós já fazemos o samba junino no Engenho Velho há 46 anos, sempre no dia de São João. O povo se reúne por volta das 14h, e saímos juntos às 16h. A concentração é na Rua Maria Felipa e a gente dá a volta em todo o Engenho Velho, fazendo aquele arrastão. Este já é o sexto ano em que fomos contemplados pelo edital”, diz.
Em Canabrava, a festa é comandada pelo Grupo Cultural Bicho da Cana, que tem mais de 20 anos e está na quarta participação no edital. “Nossa proposta é fazer dois ensaios abertos na rua, resgatando como era o samba junino de antigamente. Também chamamos grupos de outros bairros para o pessoal conhecer, porque tem gente que pensa que só existe samba junino em Canabrava”, ressalta a representante do grupo, Regiane Santiago.