Pedro Oliveira

Forrozeiro Hugo Luna está de volta para o São João

São dez discos lançados - elepês e CDs -, em cerca de 40 ano

Fiel ao forró autêntico ou de raiz, como preferem alguns, que foi o seu berço musical na adolescência, Hugo Luna “A Majestade do Forró” retoma à trilha com a perspectiva de uma boa agenda para o período junino, já contando com várias apresentações confirmadas: São Gonçalo dos Campos (dois), Iraquara e Seabra (dois) e outros previstos para a Chapada Diamantina e região sisaleira que estão sendo definidos.

Aposentado do Banco do Brasil e com vida estabilizada no município de Seabra, o multi-instrumentista - toca oito instrumentos -, prefere uma vida tranquila na sua fazenda, até porque vê preocupado a descaracterização do forró e prefere manter-se fiel às tradições que foram tão bem representadas por Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, Marines, Jacinto Limeira e Ary Lobo, dentre outros.

Dez discos lançados - elepês e CDs -, em cerca de 40 anos de atividade mostram a caminhada positiva do artista de Iraquara (na época pertencia a Seabra), que prefere não entrar em disputas por temporadas longas e desgastantes, e sim fazer um limitado número de apresentações atendendo melhor ao público que gosta do seu trabalho, sem estafar a banda que há 33 anos o acompanha. São 10 músicos da cidade de São Gonçalo. Hugo Luna começou tocando sanfona que o pai lhe presenteou em 19 de junho de 1971 na Vila Parnaíba, em Iraquara.

Na região ele atuou nas bandas Irapuã e MEC antes de ingressar no Banco do Brasil em Salvador em 1974 e fazer parte da Banda Eletros ao lado de Bel Marques e outros jovens que seguiram com a Chiclete com Banana, enquanto ele se voltava para forró. Piano, sanfona, teclado, cítara, gaita de boca, flauta, baixo e guitarra são os instrumentos íntimos do forrozeiro que também canta MPB e o lírico.

No forró, além de uma seleção de sucessos de artistas conhecidas, ele tem vários hits do seu próprio repertório como Cheiro de Goiaba, Depois daquela Curva, As Belezas do Sertão e A Palavra e o Silencio, dentre outras. O artista chapadense estuda a possibilidade de após as festas juninas entrar em estúdio para gravar: ‘Tenho algumas músicas novas, letras muito boas e como há um bom tempo não gravo estou pensado em renovar o repertório’ conclui.