Com o figurino de “Pescador Estilizado” e uma mistura de interpretações de clássicos da Música Popular Brasileira (MPB), como “Sangue Latino”, de Ney Matogrosso, em versões remix junto ao repertório do audiovisual “Matarandiba”, gravado em Salvador e lançado em Angola, o cantor e compositor baiano João Gonzaga, 53 anos, levará um show inédito para a próxima edição do projeto Culinária Musical no dia 6 de abril.
O evento, que começará a partir das 12h, acontecerá na Casa Rosa, no bairro do Rio Vermelho, na capital baiana. Idealizado pelo ator e afrochefe Jorge Washington, ainda terá apresentação dos cantores Roberto Mendes e Juliana Ribeiro.
As principais novidades trazidas para o show foram ressaltadas por João Gonzaga. “Além de cantar as minhas composições, como “Minha Voz” e “A Rede”, um momento especial será a homenagem que faço a Dorival Caymmi onde interpreto as canções “História pro Sinhozinho”, “Minha Jangada Vai Sair Pro Mar” e “Maracangalha”.
Na música “Maracangalha”, convido o artista plástico Fernando Queiroz para pintar um quadro em cima do palco com a imagem do cantor”, ressalta Gonzaga, que também atua como diretor teatral e foi vencedor do Prêmio Braskem de Teatro de Melhor Espetáculo Infanto-Juvenil e Melhor Direção com a peça “Os Donos da Terra”, em 2009.
Nascido no bairro do Engenho Velho de Brotas, em Salvador, em 1971, João Gonzaga já se entendia como artista desde criança. A veia artística vem da herança de família quando ouvia os próprios pais, Sr Luiz Gonzaga e D. Almerinda Paula (D. Ninha), cantarem dentro de casa e a paixão pela música tomou conta. Inclusive, D. Ninha participa do audiovisual “Matarandiba” cantando a faixa “A mãe que Deus me deu”. Com apenas 9 anos, João decidiu começar a carreira após dar uma opinião em um desfile de moda no bairro onde nasceu. Nessa época, o cantor já montava peças teatrais com bonecos junto com os primos dentro de casa.
Na década de 80, após se mudar para o bairro de Fazenda Coutos, no subúrbio da capital baiana, passa a dar curso de teatro aos moradores da região e atuar e dirigir espetáculos, como “A Cor do Movimento”. No início dos anos 90, cria a Frente Cultural da Bahia, que levava música, cinema, exposições e rodas de conversa para a comunidade local.
Em 1998, ainda em Fazenda Coutos, lança o Projeto de Iniciação Musical (PIM) com aulas de música, teatro e artes plásticas na Escola Comunitária São Miguel.
Cerca de dez anos depois, conquista os dois troféus no Prêmio Braskem de Teatro com o fruto do trabalho realizado por uma equipe de aproximadamente 100 pessoas do PIM. Atualmente, João se divide entre a carreira de cantor e a de estudante de Arquitetura.
Anote
Data: 6 de abril (domingo).
Horário: Das 12h às 17h.
Local: Casa Rosa, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador.