São elas:
1. Igreja da 1ª de São Francisco
2. Igreja e Mosteiro da Ordem 3ª de São Francisco
3. Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem
4. Igreja de Nossa Senhora da Ajuda
5. Igreja e Convento dos Perdões
6. Igreja e Mosteiro de São Bento
7. Igreja dos 15 Mistérios
8. Igreja de Nossa Senhora do Carmo
9. Igreja de Nossa Senhora do Monte Serrat
10. Igreja e Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa
11. Igreja de São Miguel (interditada há 10 anos)
12. Igreja de Santa Clara do Desterro (contemplada pelo PAC)
A ação ocorre depois do desabamento parcial do teto da Igreja de São Francisco, localizada no Pelourinho, dia 5 de fevereiro, que causou a morte da turista Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos de idade, e deixou pelo menos 5 outras pessoas feridas.
A arquiteta e designer de interiores Rafaela Giudice, explica os desafios enfrentados na preservação dessas edificações. “A ausência de inspeções e reparos periódicos permite que pequenos danos evoluam para problemas maiores, como infiltrações e rachaduras, que podem levar a acidentes de grande gravidade”, destaca.
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A especialista reforça que, para garantir a reabertura segura e sustentável desses espaços, algumas medidas são necessárias, como a avaliação técnica detalhada, em que devem ser realizadas inspeções minuciosas para identificar danos estruturais e determinar as intervenções necessárias; uso de uma mão de obra capacitada, com profissionais especializados em técnicas de restauração; além da combinação de técnicas tradicionais e modernas, mantendo a autenticidade do ambiente, ao mesmo tempo em que garantem precisão ao projeto.
No caso da reconstrução do Museu Nacional, por exemplo, destruído com incêndio em 2018, foram utilizadas imagens feitas por drones e máquinas digitais, como o scanner 3D a laser, para criar uma espécie de maquete tridimensional do prédio. Essa imagem tridimensional ajudou na investigação da causa, bem como permite um melhor entendimento de toda a estrutura, fator que contribui para a restauração dos espaços.
“As tecnologias de escaneamento 3D ajudam a mapear os danos estruturais antes da restauração. Isso contribui bastante para que o processo de revitalização seja bem executado - tanto mantendo as características estéticas, quanto dando segurança na questão estrutural. Além disso, em áreas de difícil acesso humano, outro recurso é o uso de drones capazes de realizar a inspeção visual para avaliação de danos”, ressalta Rafaela Giudice.
No caso das igrejas de Salvador, sendo patrimônios históricos e culturais de grande relevância e com procura da população, uma forma de permitir o contato do público com o local de maneira mais rápida é realizar uma abertura controlada durante as obras, algo que foi feito, por exemplo, na restauração da Catedral de Santa Maria, na Espanha. Assim, seria possível a realização de visitas monitoradas em espaços já seguros para a população, explica a arquiteta.