
Voltando a disputar uma partida de Libertadores depois de 38 anos, o Bahia merecia uma sorte melhor na sua estreia, pelo jogo de ida da segunda fase da fase prévia. Mesmo na altitude de La Paz, fez um grande primeiro tempo, jogou com um a mais desde os cinco minutos, mas saiu atrás do placar e teve que buscar o empate por 1 a 1, diante do The Strongest, no estádio Hernando Silles.
O resultado não é de se lamentar pela torcida baiana, que agora, em condições normais, precisa vencer por um placar mínimo na volta, em Salvador, para se classificar à terceira fase. O duelo na Fonte Nova acontece na próxima terça-feira, às 21h30. Em caso de um novo empate, a vaga será decidida nos pênaltis.
O Bahia começou o duelo com uma postura ofensiva e empolgando a torcida. Com dois minutos, Ademir arriscou de longe e carimbou o travessão. Na sequência do lance Gilberto finalizou de fora da área. A euforia aumentou quando aos cinco minutos, Ursino deu um carrinho com as travas na perna de Gilberto e foi expulso.
Com um a mais, o Bahia aumentou o volume ofensivo, mas deixou espaço na defesa. Em contra-ataque, Guerrero surpreendeu ao aparecer livre e abriu o placar para os bolivianos, aos 38 minutos. Na reta final, o time brasileiro teve a chance do empate nos pés de Ademir, que sem goleiro chutou fraco e a defesa cortou na pequena área.
Na volta do intervalo, o Bahia buscou manter sua estratégia de seguir com a posse de bola no ataque e quase foi surpreendido novamente, quando o The Strongest teve um gol anulado por impedimento. Vendo o time cansar em campo, Ceni promoveu mudanças em todos os setores.
As entradas deram uma oxigenada no Bahia que chegou ao empate, aos 23. Cauly recebeu na área, o goleiro deu rebote e Willian José completou para as redes. Melhor em campo, a altitude fez com que o time brasileiro fosse perdendo o fôlego. Cansado fisicamente, o Bahia se fechou na defesa e quase conseguiu a virada nos acréscimos, mas Lucho parou em grande defesa de Banegas.
The Strongest (BOL)
Banegas; Luiz Castro (Leonel López), Jusino, Pedraza e Supayabe (Chiatti); Ursino, Moriceau, Amoroso e Arrascaita; Triverio e Guerrero (John Garcia)
Técnico: Antônio Carlos Zago
Bahia
Marcos Felipe; Gilberto (Luciano Juba), Gabriel Xavier, Kanu e Santiago Mingo; Jean Lucas (Rodrigo Nestor), Caio Alexandre e Everton Ribeiro (Cauly); Ademir (Willian José), Lucho Rodríguez e Erick Pulga (Michel Araújo)
Técnico: Rogério Ceni