Com a proximidade do Natal e o recebimento da segunda parcela do 13º salário, milhões de brasileiros saem às compras no varejo de rua, shoppings e no e-commerce para seus presentes de final de ano.
Em compras na internet, a Febraban-Federação Brasileira de Bancos recomenda que o consumidor sempre prefira sites conhecidos, e digite o endereço da loja no navegador de internet.
“Desconfie das promoções cujos preços sejam muito menores que o valor real do produto e pesquise a média de preços em vários sites conhecidos”, afirma José Gomes, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.
Em compras no comércio de rua, Gomes também alerta que é preciso redobrar os cuidados com o cartão. “Passe você mesmo o cartão na maquininha, sempre confira o valor antes de digitar a senha e, ao terminar de realizar uma compra, verifique se o cartão devolvido é realmente o seu”, acrescenta.
Confira os 5 golpes mais comuns aplicados durante as compras de Natal
Golpe das falsas vendas - A Febraban alerta que nesta época do ano são comuns abordagens de criminosos com páginas falsas que simulam e-commerce; promoções inexistentes enviadas por e-mails, SMS e mensagens de WhatsApp, e a criação de perfis falsos de lojas em redes sociais.
O produto ofertado está com o preço muito abaixo do que é vendido no comércio em geral? O vendedor está te pressionando para fechar logo uma compra dizendo que ela pode ficar indisponível?
A chance de ser um golpe é grande.
O consumidor sempre deve ficar muito atento. O produto tem um preço médio no comércio de R$ 1 mil, mas alguém está anunciando o mesmo item por R$ 300? Há fotos e vídeos de antes e depois de produtos com resultados mirabolantes? A loja oferece poucas opções de pagamento? O e-commerce é recém-criado em rede social?
Desconfie, porque pode ser golpe.
Criminosos também clonam sites de varejistas famosos para induzir os consumidores ao erro, colocando uma letra a mais no endereço do site, que muitas vezes fica imperceptível para o cliente ou ainda trocando, por exemplo, uma letra “o” pelo número “0”. Por isso, a recomendação é que o cliente faça sua pesquisa de preços, e quando escolher a loja, digite diretamente o endereço do site na barra do navegador.
Phishing - O phishing, ou pescaria digital, é uma fraude eletrônica que visa obter dados pessoais do usuário.
A forma mais comum de um ataque de phishing são as mensagens e e-mails falsos que induzem o usuário a clicar em links suspeitos. Também existem páginas falsas na internet que induzem a pessoa a revelar dados pessoais.
Sempre verifique se o endereço da página de internet é o correto. Para garantir, não clique em links.
Além disso, nunca acesse links ou anexos de e-mails suspeitos. Mantenha seu sistema operacional e antivírus sempre atualizados.
Golpe da troca do cartão - Golpistas que trabalham como vendedores prestam atenção quando você digita sua senha na maquininha de compra e depois trocam o cartão na hora de devolvê-lo. Com seu cartão e senha, fazem compras usando o seu dinheiro.
Quando você for fazer uma compra com seu cartão físico, lembre-se dos “Sempre”: sempre cheque o valor na tela da maquininha, sempre confira se o cartão que te devolveram é o seu mesmo e sempre passe você o cartão na maquininha.
Não entregue cartões para ninguém.
Golpe da maquininha quebrada - No pagamento, o golpista dá para a vítima uma maquininha com o visor danificado ou se posiciona de uma forma que a vítima não veja o preço cobrado na tela.
O valor inserido é bem superior ao pedido e o cliente só percebe que fez um pagamento maior depois de um tempo.
Chegou alguém pedindo para você passar o cartão em uma maquininha com a tela quebrada? Não passe seu cartão em telas com defeito. É golpe. Se acontecer essa situação com você, não aceite fazer pagamentos.
Golpe do brinde - Após descobrirem dados pessoais, quadrilhas de criminosos entram em contato com a vítima e dizem que têm um brinde para entregar e insistem para que a pessoa receba o presente pessoalmente.
Os criminosos chegam a dar algo para a vítima, geralmente flores ou cosméticos. Alegam que são prestadores de serviços e que não sabem informações de quem realmente pediu para fazer a entrega. Pedem um pagamento de uma taxa, que só pode ser paga com cartão.
O entregador pode entregar uma maquininha com o visor danificado. Em outra variação deste golpe, o bandido diz para a vítima que ela precisa fazer uma selfie para receber o brinde. Colocam uma fita isolante no celular ou tampam todos os campos para que a pessoa não perceba que está dentro de um aplicativo bancário e prestes a para fazer autenticação biométrica para uma operação de crédito.
Fique atento e não aceite este tipo de abordagem, é golpe.
O sistema biométrico é uma tendência em vários tipos de operações de reconhecimento, não só no sistema bancário. E as ferramentas dos bancos são sofisticadas e identificam que de fato é a pessoa que está fazendo a identificação naquele momento, e que ela está viva. Isso faz com que seja impossível que o bandido pegue uma foto da vítima da rede social para a aplicação de um golpe no sistema bancário.