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10 curiosidades sobre 'Cem anos de solidão' (que estreou na Netflix)

A obra foi escrita pelo colombiano Gabriel Garcia Marquez

Foto: Netflix | Reprodução
Cena de \'Cem anos de solidão\'
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A Netflix lançou a primeira parte da adaptação de Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez, trazendo a fictícia Macondo à vida. Símbolo do realismo mágico, o clássico retrata a América Latina misturando elementos fantásticos e políticos.

A obra “Cem anos de solidão”, do colombiano Gabriel Garcia Marquez, ganhou som e movimento nas telas de TV. A Netflix liberou a primeira parte da adaptação, retratando a cidade de Macondo, a trajetória dos Buendía e sua longa linhagem. 

O professor de Literatura e Língua Portuguesa do Colégio Marista Santa Maria, Vinicius Lima Figueiredo, explica que o sucesso da obra, lançada em 1967, deve alcançar um público ainda maior em sua adaptação.

“Márquez é considerado o pai do estilo realismo mágico e sua leitura da realidade sul americana, com elementos fantásticos, lendas e mitos misturados ao calor do povo faz com que a história permaneça atual ainda hoje”, avalia. 

Cem Anos de Solidão | Trailer

Confira 10 curiosidades sobre a obra

1

Símbolo do realismo mágico - O romance é um dos maiores símbolos do realismo mágico, senão o primeiro, que mistura o real com o fantástico.

O autor explora aspectos sobrenaturais e os adiciona aos personagens como se fossem características comuns, tornando a história ainda mais cativante.

2

Cenas reais como inspiração - Guerras, guerrilhas, ditadores, exploração da terra, falta de recursos materiais, abundância de recursos naturais tropicais são alguns dos assuntos que servem como pano de fundo para a trama dos Buendía em Macondo.

Apesar de se tratar de ficção, é fácil notar semelhanças entre a obra e a América Latina das décadas de 1960 e 1970.

3

Prêmio Nobel de Literatura - O escritor teve uma enorme contribuição para a literatura latino-america com o lançamento de “Cem Anos de Solidão”, chamando a atenção mundial para o continente. Em 1982 recebeu o Prêmio Nobel de Literatura pelo conjunto de sua obra.

4

Escrita em exílio - García Márquez se autoexilou no México para se afastar da situação política da Colômbia na época. Em meio a dificuldades financeiras, escreveu o livro em 18 meses. 

5

Sucesso com o público - Apesar de ser rejeitada por diversas editoras em um primeiro momento, ao ser publicada em 1967, a obra logo caiu no gosto do público, que comprou cerca de oito mil cópias já na primeira semana.

6

Onde fica Macondo - A fictícia Macondo não existe fora das páginas da obra premiada e foi inspirada na cidade natal de Márquez, Arataca, na Colômbia. As descrições são fruto das memórias da infância do autor.

7

A maldição da família Buendía - A trama gira em torno da família Buendía, sua árvore genealógica e da maldição que prevê que duas pessoas da mesma família não devem ter filhos juntas. Esse fato levaria a família a ciclos repetidos de conflitos, deformações genéticas e muita solidão.  

8

Retrato da América Latina - Apesar de retratar uma cidade fictícia e uma realidade fantástica, Márquez constrói um retrato político e social da Colômbia e da América Latina, incluindo temas como guerras civis, isolamento cultural e exploração estrangeira das terras e riquezas naturais.

9

Idioma do seriado - O audacioso projeto da adaptação audiovisual de “Cem Anos de Solidão” foi gravado na Colômbia, em espanhol, com o apoio da família do autor. Os diretores Laura Mora e Alex García López também são colombianos.

10

Conto de avó - O tom familiar da obra se deve muito às influências que Márquez adicionou na história. Seu avô era vetereno da Guerra dos Mil Dias e suas histórias fizeram parte da infância do autor, assim como títulos clássicos como os contos de “Mil e uma noites” e “A Metamorfose”.