Esportes

Libertadores: mesmo com um a menos Botafogo faz 3 a 1 no Galo

O Botafogo é o campeão da Libertadores da América de 2025

Foto: Vítor Silva | Botafogo
O Botafogo conquistou o título pela primeira vez
Leia Mais Rápido
O Botafogo conquistou a Libertadores ao vencer o Atlético Mineiro por 3 a 1 no Monumental de Núñez, encerrando 30 anos sem grandes títulos. Mesmo com um jogador expulso aos 40 segundos, o time carioca mostrou equilíbrio, destaque para Luiz Henrique e Thiago Almada, e garantiu vaga no Mundial e Super Mundial da Fifa.

Tão maltratado nas últimas décadas, o botafoguense pode comemorar. Da quase falência à pujança financeira conquistada graças ao excêntrico magnata americano John Textor, o Botafogocomemorou pôs fim a quase 30 anos sem conquistar os campeonatos mais importantes e chegou à Glória Eterna ao erguer a taça da Libertadores neste sábado, 30. A consagração veio com vitória por 3 a 1 sobre o Atlético Mineiro em excelente final no Mâs Monumental, estádio do River Plate, em Buenos Aires.

A competente formação carioca alcançou a glória sobretudo por ter tido tranquilidade, força psicológica e inteligência para se reorganizar depois de perder Gregore aos 40 segundos de jogo por acertar o rosto de Fausto Vera com as travas de sua chuteira. No ataque, fez a diferença o talento de Luiz Henrique e sua conexão com o argentino Thiago Almada.

Foi do atacante um dos gols que asseguraram a vitória e o troféu continental, que não foi erguido pelo Atlético porque os mineiros acordaram tarde. Foram ineficientes e marcaram mal no primeiro tempo e, no segundo, depois que reduzir a desvantagem, cansaram de perder gols. Somente Vargas desperdiçou duas oportunidades daquelas que decidem um jogo grande.

O campeão sul-americano vai disputar em Doha, no Catar, o Mundial de Clubes, agora chamado de Copa Intercontinental. A estreia é contra o Pachuca, do México, em 11 de dezembro, três dias depois do fim do Brasileirão. O título também garantiu o time carioca no Super Mundial, novo torneio organizado pela Fifa com a presença dos mais poderosos clubes do mundo, como Real Madrid e Bayern de Munique, além de Palmeiras, Flamengo e Fluminense, os outros representantes brasileiros.

Desenhou-se um cenário desfavorável ao Botafogo depois que Gregore levou o vermelho aos 40 segundos por acertar as travas da chuteira no rosto de Fausto Vera. Mas a equipe que nunca conquistou a Libertadores se comportou como se fosse a maior campeão continental.

O time carioca se ajeitou sem precisar que o técnico Artur Jorge substituísse alguém, permaneceu organizado e pouco sofreu com um a menos. Equilibrado e inteligente, manteve a cabeça fria, jogou como se acostumado estivesse à Libertadores e se valeu do talento e da conexão seus melhores jogadores – Thiago Almada e Luiz Henrique – para modificar o roteiro e descer ao vestiário com dois gols de margem depois de sofrer uma pressão estéril do Atlético.

Luiz Henrique foi o protagonista da primeira etapa. Ele abriu o placar aos 34 na primeira vez em que os cariocas foram ao ataque. Teve sorte, é verdade, depois que o chute de Marlon Freitas bateu em Junior Alonso, e a bola se ofereceu limpa para ele. Mas teve também calma e competência para estufar as redes em chute cruzado.

Minutos depois, Luiz Henrique, em outra rotação em relação à frágil marcação atleticana, sofreu pênalti de Éverson que o árbitro argentino Facundo Tello só marcou após rever o lance no monitor do VAR. Alex Telles cobrou com competência e fez vibrar os milhares de botafoguenses, em maioria em relação aos atleticanos no gigantesco e remodelado estádio do River Plate.

Lento e numa rotação mais baixa em comparação com seu adversário, o Atlético foi chacoalhado por seu técnico, Gabriel Milito, no intervalo. O argentino fez de uma vez três alterações e derrubou, com elas, a apatia atleticana.

Um dos que entraram, Eduardo Vargas estava no lugar certo para reduzir a diferença botafoguense com um “cabezazo”, como gritaram os narradores argentinos ao descreverem o gol do atacante chileno no primeiro minuto do segundo tempo.

O problema, para os mineiros, é que Vargas foi eficaz apenas uma vez. O chileno cansou de perder gols e não estava numa tarde tão feliz como parecia. Deyverson, habitualmente decisivo em jogos grandes, também não brilhou como os milhares de atleticanos esperavam. Ele reclamou muito de pênalti após choque com Marlon Freitas, mas o juiz ignorou suas queixas.

Nos acréscimos, Júnior Santos fez o terceiro. A tarde em Buenos Aires era do Botafogo e de seus torcedores, que tiraram da garganta um grito entalado por quase três décadas. A estrela solitária do Glorioso enfim voltou a brilhar.

Confira todos os campeões

Ano
Clube
País
1960
Peñarol
Uruguai
1961
Peñarol
Uruguai
1962
Santos
Brasil
1963
Santos
Brasil
1964
Independiente
Argentina
1965
Independiente
Argentina
1966
Peñarol
Uruguai
1967
Racing
Argentina
1968
Estudiantes
Argentina
1969
Estudiantes
Argentina
1970
Estudiantes
Argentina
1971
Nacional
Uruguai
1972
Independiente
Argentina
1973
Independiente
Argentina
1974
Independiente
Argentina
1975
Independiente
Argentina
1976
Cruzeiro
Brasil
1977
Boca Juniors
Argentina
1978
Boca Juniors
Argentina
1979
Olimpia
Paraguai
1980
Nacional
Uruguai
1981
Flamengo
Brasil
1982
Peñarol
Uruguai
1983
Grêmio
Brasil
1984
Independiente
Argentina
1985
Argentinos Juniors
Argentina
1986
River Plate
Argentina
1987
Peñarol
Uruguai
1988
Nacional
Uruguai
1989
Atlético Nacional
Colômbia
1990
Olimpia
Paraguai
1991
Colo-Colo
Chile
1992
São Paulo
Brasil
1993
São Paulo
Brasil
1994
Vélez Sarsfield
Argentina
1995
Grêmio
Brasil
1996
River Plate
Argentina
1997
Cruzeiro
Brasil
1998
Vasco da Gama
Brasil
1999
Palmeiras
Brasil
2000
Boca Juniors
Argentina
2001
Boca Juniors
Argentina
2002
Olímpia
Paraguai
2003
Boca Juniors
Argentina
2004
Once Caldas
Colômbia
2005
São Paulo
Brasil
2006
Internacional
Brasil
2007
Boca Juniors
Argentina
2008
LDU Quito
Equador
2009
Estudiantes
Argentina
2010
Internacional
Brasil
2011
Santos
Brasil
2012
Corinthians
Brasil
2013
Atlético Mineiro
Brasil
2014
San Lorenzo
Argentina
2015
River Plate
Argentina
2016
Atlético Nacional
Colômbia
2017
Grêmio
Brasil
2018
River Plate
Argentina
2019
Flamengo
Brasil
2020
Palmeiras
Brasil
2021
Palmeiras
Brasil
2022
Flamengo
Brasil
2023
Fluminense
Brasil