Brasil / Segurança

Operações da Polícia Federal combatem lavagem de dinheiro

Dinheiro era lavada para grupos criminosos, como o PCC

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (10/10) a segunda fase da Operação Blefe, que visa desarticular organização criminosa que se estabeleceu em Maceió com o objetivo de lavar dinheiro obtido por meios criminosos.

De acordo com as investigações, integrantes de facção criminosa voltada ao tráfico de drogas estariam fazendo uso de falsas identidades para se ocultar da Justiça e adquirir bens.

Em 11 de julho deste ano, a Polícia Federal deflagrou a primeira fase da Operação Blefe, dando cumprimento a três mandados de prisão e quatro mandados de busca e apreensão em apartamentos situados em Maceió.

Com a continuidade das investigações e análise do material apreendido, foi possível identificar diversas pessoas nas cidades de João Pessoa/PB e de Bom Jesus da Lapa/BA que estariam operando a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas realizado na região oeste da Bahia. Observou-se também que o lucro do tráfico de drogas chegava até o líder da facção em Maceió através de contas bancárias de diversas mulheres baianas e paraibanas esposas de traficantes e homicidas.

Estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e 11 mandados de prisão nos estados de Alagoas, Bahia e Paraíba, além do sequestro de cinco veículos e um jet ski, pertencentes aos investigados e que teriam sido adquiridos com dinheiro do tráfico de drogas.

As ordens judiciais foram emitidas pela 17ª Vara Criminal da Capital visando reprimir os crimes praticados e descapitalizar a facção criminosa, além de identificar outras pessoas envolvidas na lavagem de dinheiro. Caso condenados por todos os crimes, os suspeitos podem pagar mais de 20 anos de reclusão.

Nessa quarta-feira (9), a Operação Alcaçaria foi deflagrada para desbaratar uma rede de operadores financeiros que lavaram pelo menos pelo menos R$ 1,2 bilhão nos últimos três anos para diferentes organizações criminosas em todo o Brasil, entre elas o Primeiro Comando da Capital (PCC). 

Parte desse montante acabou convertida em criptomoedas e, posteriormente, enviada para o exterior. Fora do País, os ativos eram convertidos em dólares para o pagamento de fornecedores de drogas e armas.