O ministro de Defesa do Irã, Aziz Nasirzadeh, comentou o ataque com mísseis a Israel. “Atingimos alvos militares e de segurança. As nossas ações são legítimas”, argumentou.
Nasirzadeh foi direto no ultimato. “Se a entidade israelense responder, receberá um golpe mais severo. Lançaremos rajadas maiores de mísseis”, prometeu.
O presidente do Parlamento iraniano, Mohammad Bakr Kalibaf, orgulhou-se da demonstração de poder. Ele alertou Jerusalém.
“Se você soubesse o que está preparado, pararia de ameaçar o Irã agora”, apontou. O Gabinete Político-Militar de Israel esteve reunido na noite desta terça-feira.
Nos Estados Unidos, o porta-voz do Pentágono, Patrick Ryder, confirmou que a agressão militar do Irã contra Israel nessa terça-feira (1 de outubro) foi encerrada. No entanto, alertou do risco de mais ações militares.
Ryder garantiu ao ministro de Defesa, Yoav Gallant, a proteção dos Estados Unidos contra qualquer ameaça iraniana. “Continuamos monitorando”, comprometeu-se.
Teerã, por sua vez, informou a países árabes da intenção de atingir Israel. Há ciência na república islâmica de que Jerusalém pode revidar.
Projetos nucleares, em ambos territórios, são alvos. Os possíveis danos são conhecidos e preocupantes.
O ataque promovido pelo Irã foi condenado pelo ministro de Relações Exteriores da União Europeia, Joseph Borrell. “Reiteramos o nosso compromisso com a segurança de Israel”, confirmou.
Borrel demonstrou preocupação com o futuro da região. “Este ciclo pode alimentar uma escalada incontrolável”, alertou.
Ele apelou a todas as partes para que exerçam a máxima contenção. A UE não manifestou a possibilidade de intervir militarmente.
O ministro de Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, por sua vez, escreveu na rede social, X: “Teerã praticou autodefesa. A operação acabou, a menos que Israel decida por vingança”.
Ofensiva no Líbano
O Hezbollah admitiu oficialmente que Israel iniciou a ofensiva terrestre no Líbano. A primeira manifestação da milícia xiita inclui uma ameaça direta de um grande ataque com foguetes e mísseis às Kraiót, um conjunto de quatro cidades com cerca de 200 mil habitantes localizadas ao norte de Haifa.
Ao longo da noite, o Exército de Israel realizou ataques contra locais de produção de armamento do Hezbollah em Dahieh, ao sul de Beirute.
Em Metula, a cidade mais ao extremo norte de Israel, 14 casas foram diretamente atingidas por foguetes e mísseis disparados pelo Hezbollah.
Com o início do Rosh Hashaná, o ano novo judaico, no final da tarde desta quarta-feira, há a expectativa de grandes deslocamentos no interior do país, já que as famílias costumam se reunir. Este é um dado importante, na medida em que há o temor de novos ataques por parte do Hezbollah e também de ações terroristas como a da noite passada quando dois palestinos abriram fogo contra pessoas numa estação de VLT em Tel Aviv deixando 7 israelenses mortos.