O deputado estadual Robinson Almeida (PT) avaliou que o deputado Pablo Roberto (PSDB) desistiu de disputar a prefeitura de Feira de Santana nas eleições deste ano depois de ser "entubado pelo caciquismo que domina a oposição" e pesquisa IPM/Grupo Metrópole, divulgada nessa quarta-feira (17 de julho), projetar vitória para o deputado federal Zé Neto na disputa municipal.
O parlamentar fez referência critica direta ao vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, e ao ex-prefeito José Ronaldo (UB). Pablo Roberto oficializou a retirada do seu nome da disputa pelo executivo municipal ontem à noite, depois de declarar, diversas vezes, que levaria sua candidatura até o fim.
"Pablo foi entubado por Zé Ronaldo e ACM Neto. Ensaiou um voo próprio, mas foi abatido pelo caciquismo que domina a oposição", analisou o deputado.
Robinson Almeida ainda acusou José Ronaldo de utilizar o mesmo "veneno" contra Pablo usado por ACM Neto contra ele, em 2022, quando foi rifado da chapa do ex-prefeito de Salvador, derrotada com a eleição do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
"Zé Ronaldo fez com Pablo o que ACM Neto fez com ele em 2022: rifou sua candidatura de forma humilhante, pela força", afirmou.
O líder da Federação PT, PC Do B e PV ainda avaliou que a decisão reflete o medo da derrota política e eleitoral do grupo do prefeito Colbert Martins (MDB).
"A retirada de Pablo da disputa foi por medo da derrota em Feira, que virá do mesmo jeito. A entubação de Pablo acontece no momento que as pesquisas apontam crescimento e projeção de vitória de Zé Neto com a entrada de Lula e Jerônimo na eleição de Feira", sintetizou.
O deputado federal Zé Neto, segundo pesquisa IPM/Grupo Metropole, aparece na liderança das intenções de voto para prefeitura de Feira de Santana, com o apoio do presidente Lula, do governador Jerônimo Rodrigues, do ministro da Casa Civil Rui Costa e do senador Jaques Wagner, todos do PT.
O petista chega a 54,6% das intenções de votos contra 35,5% de Zé Ronaldo, que tem o apoio do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).