Os engenheiros e arquitetos que trabalham para a prefeitura de Salvador realizam assembleia nessa quinta-feira, dia 22 de fevereiro, às 9h, no vão ao lado da Secretaria de Gestão do município, que fica na rua Carlos Gomes, centro da capital. O movimento faz parte da campanha pela criação da Gratificação de Execução e Responsabilidade Técnica (GERT).
Há anos os engenheiros e arquitetos reivindicam essa gratificação como uma forma de valorização das duas categorias e fortalecimento da carreira na estrutura do município. A GERT resolveria também um problema vivido pela capital, que vem perdendo profissionais para outras esferas governamentais e para o setor privado por causa da falta de perspectivas de ascensão e melhoria salarial ao longo do tempo de serviço.
As entidades que representam esses trabalhadores – Associação Municipal dos Engenheiros e Arquitetos (Asmea), Sindicato dos Engenheiros (Senge) e Sindicato dos Arquitetos (Sinarq) -, além do CREA-BA, dizem que todos os anos a Prefeitura conversa e diz que o pleito é justo, mas não envia à Câmara o projeto de lei criando a Gratificação.
Para Ronald José Silva, presidente da Asmea, já é hora de resolver essa pendência com os engenheiros e arquitetos. “Nossa assembleia na Secretaria de Gestão visa sensibilizar a Prefeitura para acelerar o envio à Câmara Municipal do projeto de lei com a criação da GERT, já que há anos esperamos pelo cumprimento dessa promessa do município às categorias”, diz ele.
Importância
Ronald diz que são os engenheiros e arquitetos são responsáveis pelo planejamento, elaboração de projetos, execução de obras e manutenção dos equipamentos públicos de Salvador. “São eles os responsáveis pelas obras do BRT e da requalificação da Orla, por exemplo, ou pela construção e manutenção de praças, avenidas, postos de saúde e escolas”, informa.
O dirigente acrescenta que são estes profissionais, também, que fazem ações preventivas, como recentemente ocorreu no bairro do Comércio, quando uma atuação dos engenheiros da Codesal e da Defesa Civil evitaram uma tragédia. “Antes que o pior ocorresse, foi feita a interdição de um antigo casarão (onde funcionava o restaurante Colon), além da delimitação de uma área de segurança no entorno e, quando parte da estrutura cedeu, não houve vítimas ou danos materiais a outros imóveis”, ressalta.
Ele diz que são estes profissionais, ainda, que planejam e fiscalizam toda a estrutura do carnaval, de forma a evitar acidentes. “Todos os anos, por exemplo, na Barra, os engenheiros e arquitetos promovem reforço estrutural das galerias que estão sob a avenida Oceânica, para que não ocorra rompimento da pista na passagem de trios elétricos ou pela quantidade de pessoas circulando no local”, informou Ronald.