Música / Nordeste

Propriá: a cidade sergipana que mereceu 2 músicas de Gonzagão

E as duas vezes em que Luiz Gonzaga deu nome à mesma praça

Luiz Gonzaga canta na inauguração de praça com seu nome, em Propriá-SE

A música ‘Propriá’ é resultado das andanças do saudoso Luiz Gonzaga pela região ribeirinha e pela sólida amizade que ele fez com o ex-prefeito propriaense Pedro Chaves (UDN). Os dois se conheceram no início da década de 50, quando “Lua” colocou os pés nas estradas do Nordeste para divulgar o vermute Martini, bebida muito apreciada na época.

Para homenagear o amigo, o prefeito fez uma praça e colocou o nome de Luiz Gonzaga, convidando-o para inaugurá-la. Segundo Luiz Chaves, filho de Pedro, a inauguração foi uma das maiores festas já vistas na região.

Para desgosto do udenista, a gestão seguinte, a cargo do PSD, mandou retirar do logradouro a placa com o nome do Rei do Baião.

O próximo prefeito Nelson D’Ávila Melo, um udenista de carteirinha, resolveu reparar o mal feito pelos pessedistas e consultou Pedro Chaves sobre a possibilidade de chamar Luiz Gonzaga para reinaugurar o logradouro com a devida placa comemorativa.

Nem precisa dizer que “Lua” aceitou o convite de pronto, tendo a Prefeitura mandado recolocar a placa em sua homenagem.

A reinauguração do espaço público reformado se transformou numa festa mais estrondosa do que a primeira. Foi nesta época que Gonzagão, em parceria com Guido de Morais, escreveu a música ‘Propriá’.

Uma das estrofes da canção lembra um amor que Gonzaga tinha por aquelas bandas: “E com a Rosinha eu deixei meu coração/ Por isso eu vou voltar pra lá/ Não posso mais ficar/ Rosinha ficou lá em Propriá”.

Ouça
Propriá | Luiz Gonzaga

Aprenda a letra

Propriá
(Luiz Gonzaga)

Tudo que eu tinha deixei lá, não trouxe, não Deixei o meu roçado plantadinho de feijão Deixei a minha mãe, o meu pai e meus irmãos E com a rosinha eu deixei meu coração

Por isso eu vou voltar pra lá, não posso mais ficar Rosinha ficou lá em Propriá (Por isso eu vou voltar pra lá, não posso mais ficar) (Rosinha ficou lá em Propriá)

Ai-ai, ui-ui, eu tenho que voltar Ai-ai, ui-ui, minha vida tá todinha em Propriá (Ai-ai, ui-ui, você tem que voltar) (Ai-ai, ui-ui, sua vida tá todinha em Propriá)

Tudo que eu tinha deixei lá, não trouxe, não Deixei o meu roçado plantadinho de feijão Deixei a minha mãe, o meu pai e meus irmãos E com a rosinha eu deixei meu coração

Por isso eu vou voltar pra lá, não posso mais ficar Rosinha ficou lá em Propriá (Por isso eu vou voltar pra lá, não posso mais ficar) (Rosinha ficou lá em Propriá)

Ai-ai, ui-ui, eu tenho que voltar Ai-ai, ui-ui, minha vida tá todinha em Propriá (Ai-ai, ui-ui, você tem que voltar) (Ai-ai, ui-ui, sua vida tá todinha em Propriá)

Por isso eu vou voltar pra lá, não posso mais ficar Rosinha ficou lá em Propriá (Ai-ai, ui-ui, você tem que voltar) (Ai-ai, ui-ui, sua vida tá todinha em Propriá)

Luiz Gonzaga manteve por muitos anos uma relação de grande amizade com Pedro Chaves ou, como ele gostava de chamar/cantar, o Coronel Pedro do Norte, ou o Coronel do Bigodão.

Segundo o Cartólogo ‘Bom dia Gonzagão’, entre outras composições em homenagem ao seu amigo, Luiz Gonzaga compôs o Forró de Pedro Chaves: “Quando há festa na casa do Pedro,/O comércio fecha em Propriá./Tem zabumba, esquenta-muié,/E a gente dança sem parar./Quando há festa na casa do Pedro,/Meu compadre veja como é,/Você dança com a muié dos outros,/E eu danço com sua muié”.

Ouça
Forró de Pedro Chaves

Supimpa!

Aprenda a letra

Forró de Pedro Chaves
(Luiz Gonzaga)

Bota, bota lenha na fogueira E petróleo no côco, Raimundo (Bota, bota lenha na fogueira) (E petróleo no côco, Raimundo)

Pedro Chaves carrega a ronqueira Distamboca no oco do mundo (Distamboca no oco do mundo)

Quando há festa na casa do Pedro O comércio fecha em Propriá (Quando há festa na casa do Pedro) (O comércio fecha em Propriá)

Tem zabumba, esquenta a muié' E a gente dança sem pagar (E a gente dança sem pagar)

Quando há festa na casa do Pedro Meu compadre, veja como é (Quando há festa na casa do Pedro) (Meu compadre, veja como é)

Você dança com a muié' dos outro' E eu danço com a sua muié' (E eu danço com a sua muié')

Bota, bota lenha na fogueira E petróleo no côco, Raimundo (Bota, bota lenha na fogueira) (E petróleo no côco, Raimundo)

Pedro Chaves carrega a ronqueira Distamboca no oco do mundo (Distamboca no oco do mundo)

Quando há festa na casa do Pedro O comércio fecha em Propriá (Quando há festa na casa do Pedro) (O comércio fecha em Propriá)

E a gente dança sem pagar (E a gente dança sem pagar)

Quando há festa na casa do Pedro Meu compadre, veja como é (Quando há festa na casa do Pedro) (Meu compadre, veja como é)

Você dança com a muié' dos outro' E eu danço com a sua muié' (E eu danço com a sua muié')