Com mais de 4.000 Km de extensão, a BR-101 foi a rodovia com o maior número de acidentes no ranking das dez vias que mais se destacaram em situações envolvendo ônibus.
Em todo o trecho — que tem início no Rio Grande do Norte e termina no Rio Grande do Sul — a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 11.610 acidentes, 663 mortes e 13.106 feridos.
Para o diretor do Portal do Trânsito, Celso Mariano, os números reforçam a ideia de que todos os meses do ano têm episódios de violência no trânsito, com uma quantidade expressiva de acidentes com pessoas feridas e mortes.
“As pessoas tendem a pensar que no mês das férias, quando as pessoas viajam mais, no meio do verão, na virada do final de ano, ou no meio do ano, no mês de intervalo de férias escolares, que os números são maiores. E de fato eles ainda são maiores nesses períodos, o mês de junho, os meses de dezembro, janeiro e fevereiro”. No entanto, Celso Mariano ressalta:
“A distribuição um pouco mais uniforme, que tem se observado ao longo dos anos, demonstra que os problemas com aquele trânsito que não funciona, que gera acidentes, estão se tornando um problema diário”, analisa.
A BR-116 aparece em segundo lugar, logo atrás da BR-101, com um total de 10.780 ocorrências, 12.046 feridos e 740 mortes. Em seguida está a BR-381 (3.280), BR-040 (3.260), BR-153 (2548), BR-163 (2298), BR-364 (2053), BR-277 (1968), BR-376 (1721) e BR-262 (1620).
Para o diretor do Portal do Trânsito, um processo educativo desperta na pessoa não só a vontade de entender por que as regras são assim, mas consegue construir uma afinidade com o propósito de existirem as restrições, as regras de segurança. Mas Celso Mariano reconhece que a falta de uma infraestrutura adequada também pode prejudicar o motorista.
“Quem passou por um processo educativo de trânsito acolhe, adota, assume e pratica condução defensiva. E isso sim é uma receita que funciona na estrada ruim, na estrada boa, em qualquer condição, de dia, de noite, no final de semana, no dia a dia do trabalho ou em qualquer outra situação, porque traz à tona o senso de responsabilidade do usuário do trânsito”,observa.