Artes Visuais / Cidade

Estudantes de 70 escolas têm encontro de arte e cultura

As criações foram protagonizadas pelos estudantes sob o tema do Bicentenário da Independência

Foto: SEC
Estudantes movimentam a cena artística e cultural de Cajazeiras

Mais de dois mil estudantes da rede estadual de 70 escolas de 13 municípios da área do Núcleo Territorial de Educação de Salvador (NTE 26) movimentaram a cena artística e cultural de Cajazeiras, na tarde desta quinta-feira (30), com apresentações dos projetos estruturantes desenvolvidos durante todo o ano letivo e que integram a Etapa Territorial dos projetos artísticos e culturais da Secretaria da Educação do Estado (SEC). O ginásio poliesportivo do bairro foi o palco para a mostra de cerca de 700 trabalhos classificados na Etapa Escolar.

As criações foram protagonizadas pelos estudantes sob o tema do Bicentenário da Independência, no âmbito dos projetos estruturantes da SEC: Tempos de Arte Literária (TAL); Artes Visuais Estudantis (AVE); Festival Estudantil de Teatro (FESTE); Festival Anual da Canção Estudantil (FACE); Encontro de Corais Estudantis (ENCANTE); Dança Estudantil (DANCE); Educação Patrimonial e Artística (EPA) e Produção de Vídeos Estudantis (PROVE). Os trabalhos selecionados, nesta fase, vão ser apresentados na Etapa Estadual, quando acontecerá a culminância com estudantes de toda a Bahia, no mês de dezembro, em Salvador.

Em Cajazeiras, a secretária da Educação do Estado, Adélia Pinheiro, falou sobre a importância dos projetos estruturantes para dinamizar o ambiente escolar e promover o protagonismo estudantil. “É preciso celebrar todos que estão aqui, que desfilam, cantam, dançam, declamam, escrevem e apresentam as suas riquezas, a arte e a cultura da Bahia. Meu coração está pulsante de alegria, porque sei que hoje é o resultado de um trabalho construído ao longo desse ano”.

O estudante Artur Elias Jesus, 18 anos, 3º ano do Ensino Médio, do Colégio Estadual Governador Lomanto Junior, localizado em Itapuã, revelou que, ao trabalhar com o projeto nas áreas de teatro, dança, recital de poesia e música, houve uma mudança na sua perspectiva com relação ao futuro. “Além do aprendizado, que acrescenta muito ao currículo escolar, esta vivência mudou minha visão sobre o futuro, além de também exaltar a cultura negra”.

Para a estudante Francine Varjão, 16 anos, 1º ano do Ensino Médio, do Colégio Estadual Naomar Alcântara, em Cajazeiras 5, a música é a melhor forma de traduzir o que sente e pensa. “Não imaginava que seria assim. Através da música me encontrei e me identifiquei com o tema que escolhemos: 'Jovens negros'. Estudamos e pesquisamos muito e, com a apresentação, revelamos a beleza da cultura negra. Nossa equipe é formada por amigos brancos e negros e queremos dizer que o racismo não tem lugar aqui”, enfatizou.

A diretora do NTE 26, Celeste Gomes, falou sobre a mobilização dos estudantes em torno da culminância da Etapa Territorial dos projetos estruturantes da SEC. “Aqui temos o resultado de toda uma proposta pedagógica que as escolas promoveram em 2023 com um diferencial, que é a integração ao currículo da unidade escolar. O que acontece aqui, hoje, é um verdadeiro mosaico de representatividade e especificidades”, comemorou.