Daniel Alves
O Ministério Público da Espanha pediu nesta quinta-feira (23 de novembro) que o ex-jogador Daniel Alves seja condenado a nove anos de prisão por violência sexual.
O ex-lateral de Juventus e da seleção brasileira é acusado de ter agredido sexualmente uma mulher de 23 anos na noite de 30 para 31 de dezembro de 2022 na boate Sutton, no centro da capital catalã.
As autoridades do país ibérico também solicitaram que Dani Alves pague uma indenização de cerca de 150 mil euros (R$ 799 mil) para vítima, segundo a agência de notícias EFE, além de 10 anos de liberdade vigiada.
Um tribunal de Barcelona enviou o ex-jogador a julgamento pela acusação de agressão sexual de uma jovem em uma boate na cidade catalã. A Justiça confirmou a ordem emitida em primeira instância.
A imprensa local já vinha cogitando que o lateral poderia pegar de oito a 10 anos de detenção. A data da audiência ainda não foi informada. Daniel Alves já teve três pedidos de liberdade negados.
4 versões
Durante a investigação, o brasileiro apresentou quatro versões diferentes perante o tribunal: primeiro alegou que não conhecia a vítima, depois admitiu que conheceu rapidamente a jovem no banheiro da boate.
Quando o juiz comparou suas explicações com as evidências biológicas, afirmou que a menina havia feito sexo oral nele, de forma consensual.
Mais tarde, quando foram encontrados vestígios de sêmen nas partes íntimas da vítima, voltou a testemunhar a seu pedido e admitiu que tinha tido relações sexuais consensuais e que tinha mentido para esconder a sua infidelidade à esposa.
A juíza de instrução sustenta existirem “indícios racionais suficientes” para “supor” que Daniel Alves dançava com a vítima e que o ex-jogador de futebol, por duas vezes, pegou na mão dela e colocou-a no seu pênis, perante o que a moça se retirou em ambas as ocasiões.
Mais tarde, de acordo com a acusação, da porta que dava acesso ao pequeno banheiro o jogador de futebol chamou a moça e puxou-a com força, embora a vítima lhe pedisse para parar.
Apesar disso, ele puxou o vestido dela, fez com que se sentasse nele, agarrou sua nuca e jogou-a no chão – o que causou um ferimento no joelho da vítima -, para tentar fazer com que fizesse sexo oral nele, mas não conseguiu.
Em seguida, ainda de acordo com a acusação, o brasileiro deu “vários tapas” no rosto da vítima, esfregou o pênis no corpo dela e, por fim, a penetrou “de forma violenta”.