A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de chuva abaixo da climatologia (média) para o mês na faixa que abrange os estados de Roraima, Amapá, centro norte do Amazonas e do Pará, Tocantins e grande parte da Região Nordeste, com volumes inferiores a 80 milímetros (mm). Entretanto, na parte leste da Região Nordeste, incluindo o Ceará, a chuva deve ficar próxima da média histórica, com acumulados abaixo de 40 mm. Já no sul da Região Norte, a chuva pode ultrapassar 180 mm.
Em grande parte das regiões Centro-Oeste e Sudeste, a previsão indica chuva acima da média e a volta da chuva em áreas do sudeste de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo, com volumes que podem superar 200 mm.
Para a Região Sul, a previsão é de chuva acima da média em todo o território (tons em azul na figura 1a), principalmente no oeste do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde os volumes podem ficar acima de 160 mm.
O prognóstico climático do Inmet para o mês de novembro de 2023 e seu possível impacto na safra 2023/24 para as diferentes regiões produtoras indica que em áreas do Matopiba (região que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), os baixos volumes de chuva previstos ainda vão manter os níveis de água no solo baixos, exceto em áreas do sul do Tocantins e extremo oeste da Bahia, onde haverá uma ligeira recuperação da umidade no solo. Essa condição poderá impactar a evolução do plantio e desenvolvimento inicial dos cultivos de primeira safra que já estão em andamento.
Em grande parte do Brasil Central, o retorno gradual das chuvas será importante para a recuperação do armazenamento de água no solo, especialmente em áreas do norte de Mato Grosso e de Goiás, bem como para o início da safra de grãos. Já em áreas de Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul de Minas Gerais e de Goiás, a umidade no solo será suficiente para atender as fases iniciais da safra 2023/24.
Na Região Sul, os níveis de água no solo podem continuar elevados e beneficiar as fases iniciais dos cultivos de primeira safra. Contudo, em algumas áreas o excesso de chuva poderá resultar em excedente hídrico e encharcamento do solo, impactando a colheita dos cultivos de inverno e impedindo o avanço da semeadura dos cultivos de primeira safra.
A previsão também indica que as temperaturas médias devem ficar acima da média em grande parte do País, principalmente em áreas de Mato Grosso, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí e oeste da Bahia, onde as temperaturas médias podem superar 28ºC. Vale ressaltar que a ocorrência de dias consecutivos com chuva nas regiões Sul e Sudeste pode amenizar as temperaturas, chegando a valores inferiores a 24°C.
Previsão para a 1ª semana (30/10/2023 a 06/11/2023):
Para a Região Norte, são previstas chuvas em forma de pancadas durante a semana, com valores maiores que 40 milímetros (mm) no oeste do Amazonas e, pontualmente, em áreas do Acre, Roraima, Pará e Tocantins devido ao calor e alta umidade. Nas demais áreas da região, haverá predomínio de tempo seco e sem chuva.
Em grande parte da Região Nordeste, a previsão é de tempo seco e sem chuva, além de baixos valores de umidade relativa, principalmente na parte central e leste da região. Em áreas do Matopiba (área que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), não se descarta chuva localizada e passageira entre quarta e sexta-feira. A partir do dia 04/11, há expectativa de aumento dos acumulados de chuva devido à possível formação de um canal de umidade.
Na Região Centro-Oeste, há previsão de dias quentes, com pancadas de chuva no fim da tarde devido ao calor e alta umidade, podendo acumular volumes superiores a 50 mm.
Já na Região Sudeste, uma massa de ar quente e úmida deve se manter no decorrer da semana, o que deve favorecer acumulados expressivos em áreas de São Paulo, Rio de Janeiro e centro-sul de Minas Gerais, com valores que podem ultrapassar 60 mm. A partir de sexta-feira, a possível formação de um canal de umidade ao norte do Espírito Santo e de Minas Gerais deverá provocar chuva passageira.
A Região Sul será marcada pela atuação de uma massa de ar quente e úmida, que intensifica as áreas de instabilidade na região até sexta-feira, provocando volumes de chuva significativos, possivelmente, acompanhados de queda de granizo, raios e rajadas de vento.
Na segunda semana, entre os dias 7 e 15 de novembro, a previsão é de grandes acumulados de chuva, maiores que 60 milímetros (mm), mais ao norte do País. No centro-sul da Bahia, pode ocorrer chuva localmente expressiva (superior a 70 mm). Veja figura 2.
Por outro lado, em grande parte do centro-sul do País, a previsão é de pouca chuva.
Previsão para a 2ª semana (07/11/2023 a 15/11/2023):
Para a Região Norte, são previstos acumulados maiores que 60 mm no centro e oeste do Amazonas, Roraima, Acre, Pará e Tocantins. Nas demais áreas, a previsão é de baixos acumulados de chuva.
Na Região Nordeste, a previsão é de acumulados de chuva localmente expressivos em áreas do centro-sul da Bahia. Em áreas do Matopiba (área que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), podem ocorrer pancadas de chuva passageiras. Por outro lado, a previsão é de tempo seco e sem chuva no nordeste da região.
Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, há previsão de chuva passageira, que não deve ultrapassar 30 mm, especialmente no litoral de São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais. No norte de Minas Gerais e Espírito Santo, não se descarta a possibilidade de pancadas de chuva.
Na Região Sul, a previsão é de baixos acumulados de chuva, menores que 30 mm. A chuva deve ser mais localizada sobre o leste de Santa Catarina e noroeste do Rio Grande do Sul.