No universo das relações bilaterais entre a China e o Brasil, tão em evidência nos últimos anos, há um conjunto de influências e inovações que passam muitas vezes despercebidas por nós.

A partir deste contexto, com o intuito de ressaltar conceitos como cooperação, tolerância e diversidade, a editora Bela Vista Cultural apresenta o livro "China - Brasil: invenções que mudaram o mundo", obra que detalha a origem de inovações revolucionárias como o papel, a bússola, a imprensa, o macarrão e a seda, dentre outras, verdadeiros tesouros e legados chineses que fazem parte da vida de milhões de brasileiros.

Com imagens que incluem fotografias e ilustrações em aquarela, a obra mostra como a China desempenha um papel de destaque no cenário global, com influências culturais que se aliam a um crescimento econômico notável, investimentos em larga escala e uma influência geopolítica crescente.

Dividida em duas partes, a publicação tem início com uma apresentação dos principais aspectos artísticos, culturais e históricos do país, uma das mais antigas civilizações do planeta, com mais de quatro mil anos de história.

Na segunda metade, temos as criações chinesas que mudaram o mundo e a nossa sociedade atual, mostrando em que medida tais contribuições transcendem as fronteiras do tempo e do espaço.

Como exemplo, a obra mostra como os chineses foram os primeiros a forjar ligas metálicas, como o bronze, e com habilidade fizeram uso dele por séculos. A publicação traz também as inovações agrícolas que, desde as primeiras dinastias, permitiram o aumento da produtividade no campo e, desta forma, alimentar a sua população.

Depois, em uma sequência histórica, apresenta a invenção do papel e as inovações no campo da engenharia que, entre outros feitos, deram origem ao maior canal do mundo e a um sistema de muralhas que até hoje nos impressionam por sua ousadia e engenhosidade.

Também são destacados outros avanços tecnológicos importantes, como a invenção da pólvora e a criação de uma nova técnica de impressão, com base em tipos moveis, que permitiu a impressão em larga escala dos primeiros clássicos da literatura e do confucionismo, democratizando a informação.

Com a bússola e outras inovações náuticas, a obra mostra como a China pôde dispor de uma impressionante esquadra naval que favoreceu o comércio com outros continentes.

Já com o cultivo do chá e a produção da seda e da porcelana, dentre outros produtos, mostra como foi possível estabelecer a maior rede comercial do Mundo Antigo, a Rota da Seda, que permitiu o intercâmbio entre o Oriente e o Ocidente.

Em sua parte final, o livro aborda o contexto em que o Brasil recebeu diferentes levas de imigrantes chineses e analisa as atuais relações comerciais e diplomáticas entre os dois países, reforçando como as nações têm estabelecido parcerias inéditas, construídas sobre alicerces sólidos de cooperação, interesses comuns, comércio, ciência e intercâmbio cultural.

A obra conta com prefácio de Daniela Sena, empresária e empreendedora que vive na China desde 2010, patrocínio da CMOC Brasil – empresa de origem chinesa que atua no setor de mineração e no beneficiamento de minerais essenciais para o desenvolvimento da indústria e da agricultura –, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Rouanet) e apoio do LIDE China.

“Nosso objetivo com esta publicação é mostrar que o intercâmbio cultural é algo benéfico para todos e pode acontecer de maneira natural. O conteúdo do livro demonstra isto com ainda mais clareza, ao percebermos hábitos e itens de uso comum no nosso dia a dia, oriundos de invenções chinesas ou práticas culturais”, destaca Flávia Adorno, gerente de Gestão Social da CMOC Brasil.

A publicação faz parte de uma ação cultural que inclui a realização de ações educacionais em instituições de ensino públicas, por meio de uma Cartilha Educativa, assim como a doação de exemplares para estudantes e professores destas instituições. A proposta contempla ainda uma exposição fotográfica, um curso de capacitação para professores e uma versão em audiolivro, que visa atender pessoas com deficiência visual.