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Camaçari é a primeira cidade a receber Coletivo Carrinho de Mão

Os próximos destinos serão Acupe (Santo Amaro) e Lauro de Freitas

Foto: Gabriel Guerra | Divulgação
"Odete, traga meus mortos"

O Coletivo Carrinho de Mão, formado por Cintia Santos, Edu O., Lucas Valentim e William Gomes, cai na estrada e faz sua primeira parada na cidade de Camaçari, de 4 a 8 de outubro, no Teatro Cidade do Saber.

O projeto “Na estrada com Carrinho de Mão: circulação, formação e acessibilidade”, realizado em parceria com a Giro Planejamento Cultural, apresenta três espetáculos do repertório artístico do grupo – “Audionudescrição”, “Odete, traga meus mortos” e “Judite quer chorar, mas não consegue!” – associados a duas oficinas, com programação totalmente gratuita, contando com tradução em Libras e audiodescrição.

De sexta-feira a domingo, uma diferente peça estará em cena a cada data: “Audionudescrição”, no dia 6, às 19h; “Odete, traga meus mortos”, no dia 7, também às 19h; e “Judite quer chorar, mas não consegue!”, no dia 8, às 16h. Os ingressos serão distribuídos a partir de 14h na bilheteria do local.

Das atividades de formação, Cintia Santos e Edu O. se unem na “Oficina de produção acessível: princípios para uma abordagem anticapacitista na produção cultural”, que será no dia 4 (quarta-feira), das 15h às 19h. Já a “Oficina de criação em dança”, com Lucas Valentim e William Gomes, focada na investigação de composições a partir de princípios da audiodescrição, acontecerá em dois dias, 6 e 7 de outubro (sexta-feira e sábado), das 9h às 12h.

Ambas são voltadas a qualquer pessoa – com e sem deficiência – a partir dos 16 anos. As inscrições serão feitas no local, 30 minutos antes do início das atividades.

Depois de Camaçari, os próximos destinos serão Acupe (Santo Amaro) e Lauro de Freitas, previstos para novembro, com programação a ser divulgada em breve.

Espetáculos: com tradução em Libras e audiodescrição

Local: Teatro Cidade do Saber
Entrada: Gratuita (ingressos distribuídos a partir de 14h na bilheteria do local, em cada dia de apresentação)
Classificação indicativa: Livre

Audionudescrição

Concepção: William Gomes
Intérpretes-criadores: Cintia Santos, Edu O., Lucas Valentim e William Gomes
Sinopse: Uma sinopse se desenvolve aqui, palavra por palavra, tempo a tempo. Uma frase se passou, e outras tantas estão chegando. A gente vai se revelando e se traduzindo em corpos e encontros nesse pré-texto poético, tátil e audiodescritivo que dança e compõe inspirado nas tecnologias assistivas. Dançaremos com imaginações < > imagens < > descrições < > sinais < > sons < > palavras < > encontros.
Data e horário: 6 de outubro (sexta-feira), 19h

Odete, traga meus mortos

Intérpretes-criadores: Edu O., Cintia Santos e Lucas Valentim
Sinopse: Espetáculo apresenta narrativas de memórias de infância, histórias contadas pelos mais velhos e a morte como um movimento de estar vivo. Ao chegarmos a algum lugar, chegamos com marcas do passado, de experiências vividas, antepassados, histórias de família, dos lugares passados. Nos pés ficam os calos e o pó da terra por onde caminhamos. No corpo, ficam registradas as imagens, os odores, os sons, as histórias que encontramos em cada esquina, em cada rua, casa, monumento, pessoa. Ao retornarmos (porque sempre se retorna), aquele lugar visitado, introduzido, apropriado, nos segue e acompanha em outras freguesias.
Data e horário: 7 de outubro (sábado), 19h

Judite quer chorar, mas não consegue!

Criador-intérprete: Edu O.
Intérprete de Libras-performer: Cintia Santos
Sinopse: Tudo no mundo se transforma! Não seria diferente com espetáculo “Judite quer chorar, mas não consegue!”, que tem os recursos de acessibilidade como audiodescrição e Libras inseridos na própria cena. “Judite...” retorna aos palcos depois de um hiato de sete anos, agora, como uma contação de história dançada. Concebido a partir de elementos autobiográficos, narra a história de uma lagarta que, amedrontada diante das transformações naturais da vida, hesita (e evita) em seguir o percurso de tornar-se borboleta, até sonhar com as pipas e vislumbrar uma possibilidade de futuro colorido. “Judite...” singra as zonas de silêncio onde residem as emoções humanas, fazendo-nos refletir, enquanto indivíduos, sobre o impacto da inexorável solidão.
Data e horário: 8 de outubro (domingo), 16h

Oficinas: com tradução em Libras

Local: Sala do curso de Teatro Cidade do Saber
Entrada: Gratuita (inscrições no local, 30 minutos antes do início de cada atividade)
Público-alvo: Pessoas a partir dos 16 anos

Oficina de produção acessível: princípios para uma abordagem anticapacitista na produção cultural

Experiência teórico-prática na construção de um pensamento anticapacitista na produção cultural, levando em conta uma breve abordagem histórica da deficiência, conceituação do capacitismo e noções básicas para implementação de medidas de acessibilidade nos projetos culturais com Libras e tecnologias assistivas, a exemplo da audiodescrição e legendagem.

Com: Cintia Santos e Edu O.
Data e horário: 4 de outubro (quarta-feira), 15h às 19h
Número de vagas: 10

Oficina de criação em dança

Investigação de composições em dança a partir de princípios da audiodescrição (tecnologia de acessibilidade para pessoas com deficiência visual, cognitiva e cegas), tais como descrição de imagens e descrição tátil.

Com: Lucas Valentim e William Gomes
Data e horário: 6 e 7 de outubro (sexta-feira e sábado), 9h às 12h
Número de vagas: 20