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Racismo na infância é o tema de "Menina bonita, que cor você tem?"

Histórias para dialogar sobre a negritude

O livro é inspirado em uma história real, vivida pela filha da autora, Aline Carvalho. Quando a menina passou por uma situação em que se sentiu inferiorizada devido à sua cor, a mãe recorreu à contação de histórias para dialogar sobre a negritude, a importância da diversidade e o respeito às diferenças. 

Na narrativa, Giovana é uma garota alegre, extrovertida e inteligente que, depois de um dia comum no colégio, retorna entristecida por causa do comentário de uma professora.

Durante uma aula, a educadora afirmou que todas as crianças na sala tinham uma “cor natural”, menos Gi, porque ela tinha cor marrom. 

A partir disso, a mãe da protagonista busca reconstruir a autoestima da menina ao narrar a trajetória de seus ancestrais africanos, compostos por reis, rainhas e guerreiros pretos.

Ainda explica a importância da diversidade nas pessoas, além de mostrar como essas diferenças são comuns na vida. 

 
Mamãe contou para Gi que seus ancestrais vieram da África e que lá, na África, tinham muitos reis, rainhas e guerreiros, todos de pele pretinha.
-- Menina bonita, que cor você tem?

Com ilustrações de personagens racialmente diversos, produzidas por Xande Pimenta, a obra utiliza diálogos coloquiais e linguagem simples para o público da primeira infância e as crianças em fase de letramento compreenderem a narrativa.  

O intuito da autora é tornar Menina bonita, que cor você tem? uma ferramenta de conversa entre pais e filhos sobre o enfrentamento de preconceitos e a defesa da pluralidade. O livro também tem sido utilizado por psicólogos para dialogar com crianças que sofreram algum tipo de discriminação.