O segundo ato da exposição Uanga, composto por obras de arte do artista baiano J. Cunha, segue no Casarão do Museu de Arte Moderna da Bahia até o dia 20 de agosto. Desde junho, a mostra ocupa os dois pavimentos do Casarão, abertos gratuitamente para o público. Uanga pode ser conferida de terça-feira a domingo, das 10h às 18h.
Registrando mais de oito mil visitantes, Uanga integra o Programa de Processos Compartilhados, que acontece no Museu, com resgate de uma proposta de unir o popular e o acadêmico num espaço museal, em que o público tem contato com distintas etapas do processo de montagem da mostra, a exemplos de cenários, cartazes, documentos e fotografias da trajetória de J. Cunha.
No primeiro ato, estão contempladas pinturas, instalações e esculturas, sempre com foco na cultura afro-indígena-sertaneja. Neste segundo ato, o público tem acesso aos cenários de espetáculos, cartazes, outras instalações, documentos e fotografias da vida e da carreira de J. Cunha. Já o terceiro ato está previsto para acontecer em áreas abertas e pequenas salas do Museu, dialogando com a arquitetura do Solar do Unhão.
Nascido na Península de Itapagipe, em Salvador, em 1948, J. Cunha (José Antônio Cunha) fez o Curso Livre da Escola de Belas Artes/Ufba aos 18 anos de idade. Foi cenógrafo e figurinista do grupo cultural Viva Bahia, assinou cenários/figurinos do Balé Brasileiro da Bahia, Balé do Teatro Castro Alves e, durante 25 anos, a concepção visual e estética do bloco afro Ylê Aiyê, além de decorações dos Carnavais de Salvador. Artista plástico, designer gráfico, cenógrafo e figurinista, Cunha participou de bienais, coletivas e individuais nos Estados Unidos, África e Europa. Sua carreira transita ainda pela Dança, Teatro e Música.