O Instituto Mandarina, organização social que fomenta e promove geração de renda para as potências criativas da Bahia, expõe as peças feitas à mão oriundas de artesãos de várias regiões do estado para a mostra de design e arquitetura Casas Conceito, que acontece de 1° de agosto a 1° de outubro em um imóvel sendo requalificado, a antiga loja Duas Américas, na Rua Chile, primeira rua do Brasil.
As produções artesanais irão compor o espaço Fábrica Cultural, nome em homenagem à associação que promove o artesanato, através do Programa de Artesanato da Bahia, ambiente assinado pelas arquitetas Adriana Araújo e Suzane Cabus, com a curadoria de Rodrigo Lira.
No cenário, formado por uma escadaria que conecta os diversos ambientes da mostra, o público poderá conferir artes em cerâmica que combinam os estilos barroco e rococó, esculturas feitas em madeira e argila, peças bordadas, cestarias e painéis que se inspiram na natureza. “Vai ser uma grande diversidade de produtos que demarcam as raízes e a força do empreendedorismo artístico no estado”, diz Suzane.
O intuito da exposição, segundo as arquitetas, é reverenciar a força do artesanato na Bahia, que é um setor que esbanja técnica, criatividade e é sinônimo de sustento para muitas famílias baianas. “A ideia é apresentar para o público de uma iniciativa renomada como a Casas Conceito, que nesta edição traz como tema a memória, os ‘fazeres e saberes populares’ no lugar de destaque e honra que merecem. Valorizando assim, o cultural, o social e o ancestral da nossa Bahia”, ressalta Adriana.
Vitrine para o artesanato baiano
Além disso, a fundadora-presidente do Instituto Mandarina, Neila Larangeira, que já atua há muitos anos com projetos sociais do terceiro setor, explica que a exposição do trabalho artesanal na mostra vai trazer visibilidade para as histórias de vida dos artesãos e para os seus trabalhos que representam o sustento para muitas famílias.
De acordo com ela, “quando as peças artesanais encontram uma vitrine o modelo de negócio ganha força, ampliando as possibilidades de conquistar mais fomento dentro desse segmento. Este é um dos principais objetivos do trabalho desenvolvido por Jaqueline Azevedo da Fábrica Cultural, através do Programa de Artesanato, do governo estadual ”.
“A cultura artesanal fomenta a economia autônoma e gera empreendedores. O Mandarina atua como instituição-ponte da iniciativa privada, buscando a valorização dessa arte expressiva, sustentável e potente, inclusive com iniciativas públicas como este programa tão relevante no Estado”, destaca Neila.
Todas as peças artesanais expostas na mostra Casas Conceito foram viabilizadas por meio do Centro de Comercialização do Artesanato da Bahia, com sede na Coordenação de Fomento ao Artesanato (CFA), uma iniciativa da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE) do Governo da Bahia.
O Instituto Mandarina é uma entidade que tem por objeto social apoiar, fomentar e promover a geração de renda, o empreendedorismo e a cultura, visando a inclusão social e o combate às desigualdades, com foco no estado da Bahia. Para isso, o Instituto cria espaços de expressão e desenvolve iniciativas relacionadas à arte popular, tais como produções artesanais, a fim de gerar investimentos sociais que ampliem as oportunidades de emprego e renda na Bahia.
A Fábrica Cultural, organização social fundada em 2006, é referência para o fomento da economia criativa na Bahia. Localizado na Península de Itapagipe, em Salvador, o espaço multicultural contribui para o desenvolvimento do estado, através de projetos que promovem inclusão social, empreendedorismo, com geração de renda e consequente redução das desigualdades.
O centro de arte, educação, cultura e negócios oferece oportunidades de comercialização para os segmentos do artesanato, artes, gastronomia, moda, música e audiovisuais. Através das suas ações o Mercado Iaô potencializa o afroempreendedorismo.