Pesquisadores israelenses descobriram uma ligação entre os micróbios intestinais e o autismo. O estudo analisou os microbiomas intestinais de 48 crianças autistas e 48 crianças neurotípicas de diferentes regiões do mundo.
Mais de 2 mil diferenças genéticas foram encontradas, indicando que terapias baseadas no microbioma podem ser promissoras no tratamento do autismo. Os pesquisadores planejam expandir suas investigações em parceria com o Biobanco de Autismo de Israel (IRBA) para entender melhor como o microbioma intestinal afeta a saúde das pessoas com autismo.
Os microbiomas intestinais desempenham um papel crucial no eixo intestino-cérebro, que conecta os centros emocionais e cognitivos do cérebro às funções intestinais. Interrupções nesse equilíbrio podem contribuir para o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outros distúrbios do neurodesenvolvimento.
O estudo publicado na revista Nature Neuroscience representa um avanço significativo ao revelar a influência profunda do microbioma intestinal na biologia do autismo.
O professor Evan Elliott, da Universidade Bar-Ilan, destaca a correlação entre as alterações do microbioma e os marcadores do sistema imunológico, fornecendo informações valiosas sobre como o microbioma intestinal pode influenciar a saúde das pessoas com autismo.
Essa descoberta abre possibilidades para intervenções terapêuticas personalizadas com base no microbioma, que têm o potencial de melhorar os resultados e a qualidade de vida dos indivíduos no espectro do autismo.
Os pesquisadores estão empenhados em expandir suas pesquisas em colaboração com o IRBA, visando avançar no conhecimento sobre o papel do microbioma intestinal no autismo e suas aplicações clínicas.