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Biblioteca Central do Estado da Bahia festeja 212 anos 

Com programação multi artística, a celebração destacou as transformações da unidade ao longo do tempo 

Foto: Divulgação
Biblioteca Central do Estado da Bahia

Celebrando seus 212 anos, a Biblioteca Central do Estado da Bahia (BCEB) se solidificou na memória dos baianos como um espaço virtuoso para memoráveis encontros com a leitura. Integrando ao Sistema Estadual de Biblioteca Públicas (SEBP), gerido pela Fundação Pedro Calmon (FPC), unidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBa), a biblioteca comemorou seu novo ciclo com programação diversificada e multi artística.  

Para o Chefe de Gabinete da FPC, Caruso Costa, a BCEB vem se transformando ao longo do tempo aproximando novas gerações de leitores. "Aqui é um espaço múltiplo em que acontecem diversas ações, do cordel ao canto e coral, da batalha do hip hop às orquestras, a unidade consegue chegar a muitas pessoas, e esse é nosso empenho para que ela esteja próxima da juventude”, afirmou. 

“Esta é a primeira biblioteca pública da América Latina, e do Brasil, que estabeleceu um elo memorial, histórico e afetivo”, salientou Tamires Conceição, diretora do SEBP.  “Muitos que chegam aqui relatam momentos da vida com esse espaço, em algum momento de suas vidas, então para nós é uma satisfação fazer com que isso perpetue”, declarou a gestora. 

Em celebração a bicentenária, o diretor da BCEB, Marcos Viana, pensou na variedade de públicos que frequentam o espaço. “Este é um espaço intergeracional e de inclusão. A biblioteca mantém seu espaço de pesquisa, assegurando também como espaço de troca e encontros”, destacou. 

Celebração 

Com abertura do Quadro Solar, da camerata da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), a cerimônia iniciou dando boas vindas ao público. Na sequência, o professor do Fabiano Cataldo, do Instituto de Ciência da Informação da Universidade Federal da Bahia (ICI/UFBA), debateu a preservação da memória bicentenária. 

“Educação patrimonial acontece quando estamos em convivência com a memória. É por meio das bibliotecas que conhecemos o pensamento das gerações, e entendemos porque os acervos bibliográficos estão aqui”,  exemplificou Cataldo. Ainda durante a manhã, Luciano Ferreira, cordelista e professor do município de Coração de Maria leu o cordel em celebração à unidade, e a Cia Teatral Metamorfose apresentou a peça “Outros Rebentos”. 

Em atividades paralelas, o Setor Infantil movimentou a programação com “O Mundo de Cecília”, peça da Cia de Teatro da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, além de contação de história e encontro com escritores infantis. Durante a tarde, o público pode usufruir da massagem às cegas e o Coral dos Amigos da Música, organizado pelo Setor Braile, da BCEB. 

Gildia Serra, usuária da biblioteca há 40 anos, comentou como o espaço transformou sua vida ao longo do tempo. “Venho para cá desde o início dos anos 80, aqui a leitura transformou minha vida pessoal. Não poderia deixar de participar desta festa, é também sobre mim”, ressaltou. Ainda na programação, aconteceu uma batalha de MCs, que homenageia o legado da biblioteca e o encerramento ficou por conta do Núcleo de Cordas Dedilhadas da Neojibá.