Acontece entre os dias 24 e 27 de abril de 2023, na Biblioteca Infanto-juvenil Betty Coelho e na Biblioteca Central da Bahia, o projeto Semana Betty Coelho: histórias e histórias de um centenário, que pretende comemorar o centenário da professora, escritora, e contadora de histórias, a baiana Maria Betty Coelho Silva (1923-2019) que, com seus livros, contações de histórias, cursos, e oficinas, formou várias gerações de contadoras e contadores de histórias.
A Semana Betty Coelho, organizada pelas duas bibliotecas acima citadas, constitui-se de três atividades distintas, porém interrelacionadas, o II Festival Betty Coelho de Contação de histórias; o I Simpósio Literaturas e bibliotecas: diálogos entre a cultura oral e a escrita; e a Mostra Iconográfica Histórias de uma Contadora de Histórias.
O evento pretende ainda, através da contação de histórias e das mesas-redondas, mostrar, discutir e valorizar a literatura de tradição oral brasileira, mesmo que, realizada por contadores urbanos, além de discutir a importância das bibliotecas na difusão da literatura baiana.
O evento, com a curadoria do poeta Douglas de Almeida, tem como proposta conceitual, recuperar a espirituosidade de Betty Coelho (afável, generosa e sempre sorridente), e permear todo a Semana, mantendo um espírito lúdico, mesmo quando abordar questões teórico-conceituais
Semana Betty Coelho: histórias e histórias de um centenário
Exposição, contações de histórias e mesas-redondas
De 24 a 27 de abril
Biblioteca Central do Estado da Bahia
(rua General Labatut 47, Barris)
Biblioteca Infantojuvenil Betty Coelho
(rua Lavínia Magalhães 42, Boca do Rio)
Acesso gratuito
Mais informações: (71) 98123-0873
Semana Betty Coelho: histórias e histórias de um centenário
Histórias de uma Contadora de histórias.
Com foco no centenário da escritora Betty Coelho: 1923-2023, exposição iconográfica com 16 fotografias (40X60) abarcando desde sua infância e juventude (família, estudante no Instituto Normal) até a maturidade, no desempenho de suas atividades enquanto professora, escritora e contadora de histórias. Além das fotografias, matérias de jornais, cartazes, folderes, placas, diplomas, certificados, etc.
II Festival Betty Coelho de Contação de Histórias.
Contações de histórias com contadoras de histórias das mais expressivas da cidade do Salvador, Rosemary Lapa, Jeane Sánchez, Cris Muniz, Rosana Paulo e Acely Araújo. Tendo em foco o público infantil, as contações serão realizadas na Biblioteca Infanto-juvenil Betty Coelho e na Biblioteca Central da Bahia, tendo como público, crianças estudantes de escolas e instituições culturais dos bairros da Boca do Rio, dos Barris, e dos respectivos entornos
I Simpósio Literaturas e bibliotecas: diálogos entre a cultura oral e a escrita
Três mesas-redondas com escritores, professores, bibliotecárias, pesquisadores, a exemplo da escritora Maria Antônia Ramos Coutinho, e da bibliotecária Ana Lúcia Reis Fonseca, que irão discutir à luz da trajetória de Betty Coelho, o papel das bibliotecas na difusão da literatura infantil, a contação de histórias enquanto expressão artística e sua prática em espaços formais e informais de aprendizagem.
BETTY COELHO
Minhas atividades profissionais se entrelaçaram com as preferências de infância: crianças e livros. Assim é que sou professora, supervisora educacional, estudiosa de literatura infantil, dona de casa, mãe de família e desde antes, para sempre, contadora de histórias. Escrevo também. Nem tanto, porque gosto mesmo é de ler. E isto inclui ler a Vida.
Betty Coelho
Maria Betty Coelho Silva nasceu a 24 de abril de 1923, na cidade de Alagoinhas, filha de Ana Rocha Coelho e Antônio Coelho. Betty Coelho, contribuiu com seus livros, cursos, oficinas, e contações de histórias, para a formação de gerações de contadoras e contadores de histórias, inclusive, as contadoras de histórias participantes do projeto, entre as quais Jeane Sánchez, uma das criadoras da Biblioteca Infantojuvenil Betty Coelho, e da professora da Uneb, Rosemary Lapa.
Betty Coelho, desde a criação por Denise Tavares da Biblioteca Infantil Monteiro Lobado, em 1950, introduziu a prática sistemática e contínua da contação de histórias nas bibliotecas públicas. Em 1963 torna-se membro do Conselho Técnico da Organização Mundial de Educação Pré-escolar (OMEP). Foi durante anos, jurada do Prêmio Jabuti.
Betty publicou em 1986 pela Editora Ática, o livro Contar Histórias: uma arte sem idade, atualmente na 20ª edição. Tem ainda quatro livros de narrativas: A menina do avental (Editora do Brasil, 1988), E se (Editora do Brasil, 1988), Foi um dia um dia foi (Editora Santuário, 1992), e O galo cantou e ninguém sabe onde (Scipione, 1993),
Faleceu em Salvador a 21 de maio de 2019.