Artes Visuais

Exposição Vladimir Machado - 50 anos de arte traz três gêneros artísticos do artista

Pintura, desenho e gravura na mostra no Centro Cultural Correios RJ

Foto: Divulgação
Exposição Vladimir Machado

O Centro Cultural Correios RJ apresenta a exposição "Vladmir Machado – 50 Anos de Arte", trazendo pinturas, gravuras e desenhos produzidos pelo artista plástico e professor de pintura que teve sua produtiva carreira interrompida pelo Alzheimer.  Seus trabalhos mostram um interesse inabalável na figuração e na arte contemporânea.

Sua obra pode ser dividida por temas que revelam claramente questões relativas à sua vida pessoal e familiar, bem como assuntos de alcance histórico, cultural e universal, tendo se aprofundado em todos eles. A mostra leva o espectador a se deixar levar pelas mensagens dos três gêneros artísticos em que Vladimir trabalhou, e que estão totalmente interligados - Pintura, Desenho e Gravura. No contexto da pintura e do desenho, as obras estarão classificadas por temas. No caso da gravura, classificadas por técnicas.

Com curadoria do Professor Dr. Ricardo A. B. Pereira (EBA/UFRJ), as obras partem de um realismo fantástico, passando pelo surrealismo, e as figuras mitológicas são traduzidas de forma contemporânea, tendo como referência primordial a linguagem clássica. A abertura será no dia 18 de maio, no Centro Cultural Correios RJ, 3º andar, e pode ser visitada até o dia 24 de junho.

Vladimir Machado

Pintor, desenhista, gravador e cenógrafo. 
Natural do Rincão dos Alves, Jaguari,RS, 1951.

Na década de 70, tornou-se bacharel em pintura pela Escola de Belas-Artes da UFRJ. Neste mesmo período estudou pintura com Píndaro Castelo Branco, gravura em metal com Adir Botelho e serigrafia e pintura mural em afresco, no ateliê de José Moraes. Além disso, realiza a cenografia do filme O Poderoso Patrão e produz pinturas para os filmes As Musculaturas do Arco do Triunfo e Franz Kafka. Em 1986, leciona Análise da Forma, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Silva e Souza e Pintura na Escola de Belas-Artes da UFRJ. Em 1992, realizou um painel para a Biblioteca do Departamento de Bioquímica desta última instituição.

Dentre as exposições de que participa, destacam-se: Salão Nacional de Belas-Artes, no MEC, Rio de Janeiro, 1972; Salão Universitário - Funarte, Rio de Janeiro, 1975 (Premiado); Valores Novos, no Instituto Brasil-Estados Unidos, Rio de Janeiro, 1975; Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ, 1979; Pinturas e Desenhos, na Galeria Sesc Paulista, São Paulo, 1983/1986; First Art Exposition Brazil Holland, na World Trade Center, Amsterdam, Holanda, 1987; L´Homme Et Ses Croyances, na Inter Art Galerie, Paris, França, 1988; 3 Artistas, no MAM/Resende, 1994.

Do início dos anos 70 até 2018, quando produziu seus últimos desenhos, já afetado pela doença, o artista foi um profundo pesquisador da linguagem pictórica, cujos fundamentos aprendeu na Escola de Belas Artes da UFRJ - onde trabalhou de meados dos anos 80 até sua aposentadoria como Professor Adjunto em 2015 -, fundamentos que embasaram sua poderosa verve criativa.