Os Ibéjis voltaram a tomar conta do Circuito Osmar (Campo Grande) na tarde deste sábado (18), com o desfile do bloco Afoxé Filhos Korin Efan, que homenageou os orixás que representam as crianças nas religiões de matriz africana.
O desfile começou no Contra Fluxo, saindo da Rua Chile, passando pela Av. Carlos Gomes, Campo Grande e seguiu até o Avenida Sete, pelo Programa Carnaval Ouro Negro 2023.
Com indumentárias trazendo cores e brinquedos, o bloco representou a infância dos antigos tempos, com mais brincadeiras e menos telas.
O abre alas repleto de baianas que estavam com balaios de doces, resgatou a clássica brincadeira da “galinha gorda” durante o circuito.
Elisangela Silva, diretora do bloco, falou que o tema é uma celebração ao retorno do carnaval, através de um tema que traz a alegria da infância e brincadeiras. “Nosso projeto buscou fazer um resgate da cultura infantil dos tempos antigos, afinal, hoje as crianças estão muito viciadas em aparelhos digitais e esquecendo das brincadeiras clássicas”, criticou. O bloco trouxe a representação dessas brincadeiras a partir das alas temáticas com bambolês, indumentárias e uma faixa que dizia “Mais Brincadeiras, Menos Celular”.
O bloco tem mais de 20 anos e foi um legado deixado pelo pai de Elisangela, já falecido e que ela faz questão de seguir trazendo a cultura afro e a alegria para o Carnaval no Circuito Osmar, com representações do candomblé.
Samba da avenida – No início da noite deste sábado (18), outros dois blocos apoiados pelo Carnaval Ouro Negro 2023 desfilaram no circuito Osmar, no Contra Fluxo. O Bloco Cultural Netos de Gandhy trouxe como atração a banda Batuque Afro, com participação de Rodrigo Piza.
Já o Bloco Abuse e Use, trouxe para o circuito o som do grupo Pagode do Igor, que animou os associados que vieram vestidos com o abada do bloco com listras azuis e bancas, como as camisas dos tradicionais sambistas, além e chapéus na cor celeste.
Ivan da Nobrega, diretor do bloco Cultural Netos de Gandhy, relembrou da importância de estar nas ruas, principalmente para um bloco carnavalesco que existe há quase 50 anos. Fundado em 1975, por Dilton Olavo, o bloco foi inspirado no Filhos de Gandhy, uma paixão de criador. Após seu falecimento, ficou inativo por cinco anos. Ivan foi o responsável por resgatá-lo e trazê-lo de volta para o Carnaval. Ele celebra o retorno da festa momesca e o legado deixado pelo fundador.