O Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian mostrou que novembro deste ano teve o pior cenário de negativação desde 2016, início da série histórica do índice.
Foram registrados 6.392.011 negócios no vermelho, sendo 1.056.024 deles no Nordeste. Na análise por unidades federativas (UFs), Exceto por Alagoas, todos os estados bateram recorde de negócios com contas a pagar vencidas.
Além disso, desde o início de 2022, o índice não marcou nenhuma queda e o cenário de inadimplentes apenas se agravou.
São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul completam o ranking de unidades federativas com mais empresas inadimplentes no país.
Recorde em quantidade e valor das dívidas
Ainda de acordo com o indicador, a quantidade de dívidas e o valor acumulado delas também registraram recordes históricos. Foram 45 milhões de débitos negativados no período, totalizando R$ 108 bilhões. Cada CPNJ no vermelho tinha cerca de 7 dívidas a pagar.
Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a melhora desse quadro de inadimplência das empresas depende de uma reação em cadeia. “Para que esse cenário mostre uma visão mais positiva é necessário que os consumidores consigam sair da inadimplência, aumentem seu poder de compra e comecem a honrar com seus compromissos financeiros, além de consumir mais. Esses dois fatores deverão contribuir para o fluxo de caixa dos negócios que, só então, conseguirão se organizar financeiramente”.
A análise por setor revelou que mais da metade das empresas inadimplentes atua no segmento de Serviços (53,5%). Em sequência está a parcela do Comércio (37,5%), Indústria (7,7%), setor Primário (0,8%) e Outros (0,4%).
Outro recorte mostrou em quais segmentos os empreendimentos inadimplentes mais adquiriram suas dívidas. O destaque ficou para a categoria “Outros”, que engloba em sua maioria Indústrias, além de empresas do terceiro setor e do agronegócio. Os débitos também mostram alto nível de aquisição na área de Serviços e Bancos e Cartões.