A Pesquisa de Confiança Digital DigiCert 2022 mostra que mais da metade (57%) dos consumidores entrevistados sofreram ataques de segurança cibernética.
Os principais ataques incluem hacks de contas, exposição de senhas e roubo de contas bancárias ou de crédito.
Menos da metade dos consumidores entrevistados disse que sua confiança digital nas organizações com as quais lidam é maior do que no passado, e 54% dizem que há espaço para melhorias.
Apesar do cenário assustador, existem maneiras simples de garantir que suas compras online sejam seguras e que você fique tranquilo enquanto compra on-line o presente perfeito.
Aqui estão dicas para compras seguras neste Natal.
Não clique em links desconhecidos
A maneira mais comum que os cibercriminosos usam para enganar você nesta temporada de festas é enviando e-mails de phishing com links que fingem levá-lo a algum lugar que eles não vão. Embora possa ser tentador ver a oferta interessante que eles enviaram, é melhor prevenir do que remediar.
Copie manualmente o link e inspecione-o antes de colá-lo em um navegador da web, para que você possa ver se o link o vai de fato direcionar você ao site do varejista.
O mesmo conselho vale para clicar em links por meio de resultados de pesquisa. Certifique-se de saber para onde o link o está levando antes de clicar ou, melhor ainda, digite a URL do site do varejista na barra de endereço sempre que possível.
Verifique se o site é seguro
Você provavelmente já ouviu falar em procurar o cadeado para confirmar que um site é seguro. No entanto, cada navegador exibe esses sites autorizados de maneira diferente, o que pode causar alguma confusão.
URLs de sites que começam com HTTPS:// acompanhados pelo ícone de cadeado têm TLS/SSL (segurança da camada de transporte/camada de soquetes seguros), e os consumidores devem clicar no cadeado para revisar as informações do certificado e confirmar se o site usa criptografia TLS antes de inserir seus Informação do cartão de crédito.
Não custa nada dar uma olhada no site para ver se eles parecem legítimos. Se você vir uma página de termos e condições, revisões, boa ortografia e gramática, um selo de site seguro e seguidores nas mídias sociais, todos esses são indicadores de que o site pode ser confiável.
Não use Wi-Fi público
O Wi-Fi público gratuito é comum e muitas vezes nem exige uma senha, facilitando o acesso dos cibercriminosos aos seus arquivos e informações pessoais.
Muitas dessas conexões estão subprotegidas, por isso é melhor usar uma conexão Wi-Fi pessoal, hotspot pessoal ou rede privada virtual (VPN) ao acessar qualquer tipo de informação privada online, como uma conta bancária ou inserir informações de cartão de crédito para comprar.
Não compartilhe demais
Quando chegar a hora de se inscrever para obter um desconto ou entrar para comprar, serão solicitadas informações padrão. Os varejistas nunca precisarão de informações pessoais, como número do seguro social ou aniversário, para concluir uma compra, portanto, forneça o mínimo de informações necessárias.
Se um contato entrar procurar você sobre uma compra por mensagem de texto ou e-mail, não clique no link nem se apresse em fornecer informações adicionais até que você possa confirmar que a pessoa ou empresa realmente é quem diz ser.
Atualize seu software
Os cibercriminosos podem explorar pontos fracos quando você não mantém seu software atualizado. Verifique se o seu navegador está totalmente atualizado, além de evitar softwares ou plug-ins suspeitos. Mantenha seus computadores, telefones e tablets atualizados também.
Atualize regularmente seus programas antivírus para se proteger contra coisas como malware de cavalo de Tróia.
Gerencie e proteja suas senhas
Muitos varejistas exigem que você crie uma conta para concluir sua compra online. Se o check-out do convidado for uma opção, use-a. Para contas com senhas, crie senhas fortes, utilize a autenticação multifator quando disponível e não repita as senhas.
Um gerenciador de senhas que criptografa senhas é uma ótima opção para ajudar a salvar senhas que você pode esquecer sem comprometer a segurança.
Fique de olho nas atualizações do pedido
Enquanto aguarda sua compra chegar pelo correio, seja diligente - verifique as atualizações de rastreamento e certifique-se de que seu pacote realmente chegue. Salve os detalhes de confirmação do pedido e esteja pronto para entrar em contato com o comerciante, se necessário.
Além disso, fique de olho nos extratos bancários em busca de cobranças fraudulentas para garantir que você não seja cobrado por algo que não comprou.
Use o bom senso
Se um acordo parece bom demais para ser verdade, provavelmente não é. Se um site parece incompleto, você nunca ouviu falar do varejista antes ou não consegue encontrar nenhuma outra evidência de presença online, não confie nele.
Essas dicas podem evitar que você seja vítima de um golpe cibernético, mas, em última análise, é preciso bom senso, vigilância e alfabetização digital para salvá-lo dos perigos online.
Embora possa parecer arriscado fazer compras online nesta temporada de festas, lembre-se de que essas etapas simples ajudarão a proteger você e seus dados pessoais. Não há razão para não aproveitar a conveniência e acessibilidade de fazer compras online - aproveite as facilidades do mundo digital!
967 ataques por semana
Segundo a Febraban, mais de 145 milhões de operações financeiras virtuais são feitas diariamente no Brasil. Ao mesmo tempo, crescem no país os casos de sequestro de dados, como o recentemente ocorrido com a TV Record. D
e acordo com estudo da consultoria alemã Roland Berger, o Brasil já é um dos cinco países com mais ocorrências de cibercrime no mundo, depois de Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e África do Sul.
Até o final de 2022, os meios de pagamento devem movimentar no Brasil cerca de R$ 3 trilhões, o que significa 21% a mais do que no ano anterior, de acordo com projeção do Relatório de Tendências Zoom, que também registrou um crescimento de 469,9% nos pagamentos realizados sem contato pessoal no Brasil, em 2020.
Pagar passou a ser uma atividade natural embutida em várias soluções, ferramentas e aplicativos e, em nome da melhor experiência do cliente, algo que, obrigatoriamente, deve ser sempre simples, fluido, ágil e seguro.
A segurança do tráfego de dados tem, hoje, como aliada indispensável a criptografia (do grego: kryptós, "escondido", e gráphein, "escrita"), um conjunto de ações codificadas de alta proteção para cada informação trocada, limitando a sua compreensão exclusivamente ao emissor e ao receptor (criptografia de ponta a ponta) e assegurando a máxima confidencialidade, integridade e disponibilidade dos dados.
A cada transação, os códigos de criptografia são renovados, impedindo qualquer acesso a histórico e decifração das chaves de segurança. A rede em que esses dados trafegam tem papel fundamental neste processo.
“A rede utilizada nas transações financeiras precisa ter segurança máxima, não apenas para evitar o roubo de dados, mas, também, para que o pagamento não seja direcionado a outro recebedor ou a outra rede. Ou seja, para que nenhuma transação seja roteada”, afirma Samuel Honorato, diretor de Produtos e Expansão da TNS, empresa de soluções de Infrastructure-as-a-Service (IaaS) para o mercado de meios pagamento.
Segundo o Relatório de Tendencias Zoom, ate´ 72% dos compradores online abandonaram um carrinho de compras por questões de segurança e a cada 11 segundos uma empresa e´ vitima de um ataque de ransomware no mundo.
De acordo com um levantamento da Check Point Software, o numero médio de ataques semanais a organizações cresceu 40% em 2021 em comparação a 2020.
No Brasil, o aumento foi ainda mais significativo, com uma média semanal de 967 ataques e crescimento de 62%. Assim, Samuel relaciona alguns motivos pelos quais as empresas devem priorizar imediatamente a segurança na troca de dados entre terminais de pagamento e instituições financeiras: