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TVE exibe filme A Cidade que Habita em Mim

Obra que celebra os 40 anos do Balé Teatro Castro Alves recebeu premiações em festivais internacionais

Foto: Divulgação
A Cidade Que Habita em Mim

Lançado em dezembro do ano passado e cumprindo roteiro em festivais de todo mundo, o filme “A Cidade que Habita em Mim” terá suas primeiras exibições em televisão pela TVE Bahia.

Realizado pelo Teatro Castro Alves (TCA), com direção da cineasta Maria Carolina, o documentário é um vídeo-dança que, celebrando os 40 anos do Balé Teatro Castro Alves (BTCA), marca o diálogo desta importante companhia de dança brasileira com a cidade de Salvador.

A obra recebeu o prêmio de “Melhor edição” no 6º Festival Mundial de Cinema da Índia e acaba de vencer como “Melhor documentário internacional – longa-metragem” na sexta edição do festival canadense RIFFA – Regina International Film Festival and Awards.

A celebração do sucesso com o público baiano se dá com estas sessões televisivas, em três datas e horários: 15 de setembro (quinta-feira), às 19h; 17 de setembro (sábado), às 22h; e 18 de setembro (domingo), às 14h.

“A Cidade que Habita em Mim” reconhece o mérito da atuação do BTCA, a primeira companhia pública de dança do Norte-Nordeste do Brasil, ao longo de quatro décadas, e nasceu do desejo de reencontro presencial com a população de Salvador, visto ter sido produzido durante a pandemia da Covid-19.

O longa fala, sobretudo, da vontade de aproximação. Unindo dança e cinema como fios que compõem o roteiro dramatúrgico para a construção de uma obra híbrida, o filme é conduzido pelas memórias e pelo cotidiano de habitantes da capital baiana. Em cena, está o elenco do BTCA, em coreografia assinada por Daniela Guimarães, Nildinha Fonseca e Fabio Vidal. O figurino é criação de Alexandre Guimarães, a música é de Jarbas Bittencourt e a direção de arte é de Renata Mota.

Segundo Ana Paula Bouzas, diretora artística do BTCA, este foi um projeto corajoso como vieram sendo as iniciativas artísticas neste período. “Em 2021, ano em que o BTCA completou 40 anos, a arte mundial sobreviveu sob os efeitos cruéis de uma pandemia que impôs sérias restrições à realização dos tão necessários e desejados encontros de criação e compartilhamento.

Um ano regido inteiramente por instabilidades, incertezas, crises agudas e turvos horizontes”, contextualiza ela. “Mas nós, artistas, também precisamos seguir, olhamos de frente para tudo isso e avançamos afirmando o nosso fazer implicado na dureza desses nossos tempos”, completa Ana Paula, que ainda conta que o filme traz “as cidades visíveis e as invisíveis, surgidas das lembranças partilhadas que impregnaram impulsos, olhares, suores, gestos, conversas e danças de toda nossa equipe”.

Para a diretora Maria Carolina, a obra é uma homenagem dos 40 anos do BTCA à retomada da ocupação da urbe. “Reabitar não só a cidade, a rotina, mas reabitarmos quem somos. Celebrar a dança, festejar a reconquista do cotidiano e da identidade, buscando nas energias invisíveis que pairam sobre Salvador a força para nos manter vivos e seguir em frente”.