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Sétima onda de Covid-19 sobrecarrega hospitais no Japão

País tem mais de 210 mil novos casos da doença

Foto: Pixabay | Creative Commons
A concentração maior é em Tóquio

Médicos e auxiliares enfrentam dificuldades para lidar com a disparada de casos de infecção pelo novo coronavírus no Japão. A tendência de recorde de novos casos este mês tem sequência com o anúncio de mais números sem precedentes em várias partes do país.

Nas últimas horas, foi divulgado o registro em todo o Japão de mais de 210 mil novos casos. Vinte e cinco das 47 províncias tiveram números nunca vistos.

A concentração maior é em Tóquio. O governo metropolitano da capital do país anunciou cerca de 30 mil casos com aumento de 40% em apenas sete dias. A disparada dos números prejudica os serviços de transporte de emergência na metrópole.

Segundo autoridades, em meio ao calor, equipes de emergência têm dificuldade para encontrar leitos hospitalares vagos.  Ao mesmo tempo, é necessário atender um número crescente de pessoas que sofrem de exaustão por calor.

No entanto, o governo do Japão afirma ser desnecessária mais uma série de medidas de restrição de atividades de negócios e empresas porque permanece baixa a quantidade de casos graves e mortes.

O primeiro-ministro Kishida Fumio disse que tem dado prioridade a medidas para conter as infecções, por exemplo, com a ampliação do universo de pessoas qualificadas a receber uma quarta dose de vacina. Ele afirmou que o objetivo é não fazer cessar as atividades sociais e econômicas.

Alta de casos na Itália

A Itália registrou 207 mortes por Covid-19, elevando para 171.439 as vítimas da pandemia de Covid-19, informou o boletim diário do Ministério da Saúde nesta quarta-feira (27).

Apesar de menor, esse é o segundo dia consecutivo em que o país tem mais de 200 falecimentos - ontem foram 253.

Com isso, a média móvel de mortes dos últimos sete dias subiu para 153, maior dado desde 10 de março deste ano. Dos óbitos notificados nesta quarta, 34 ocorreram em outras datas e foram adicionadas agora: Abruzzo (3), Campânia (2) e Sicília (29).

Os casos somaram 63.837, elevando para 20.837.233 os testes positivos para a doença desde o início da crise sanitária, em fevereiro de 2020. Assim como ocorre desde 13 de julho, porém, a média móvel de infecções cai constantemente e chegou a 63.773 - mesmo valor registrado em 30 de junho.

Atualmente, a Itália tem 1.380.127 casos ativos da doença, sendo que 99,1% (1.368.609) são de pessoas em isolamento domiciliar (leves ou assintomáticos). Outras 11.094 estão sob observação médica e 424 estão em unidades de terapia intensiva (UTIs). Todos os índices registraram queda.

Os exames realizados para detectar a doença foram 317.720, com uma taxa de positividade estável em 21%.

Surto após 2,5 anos

A pequena Micronésia, um país localizado no Oceano Pacífico, está registrando um intenso surto de Covid-19, com mais de 2,7 mil casos, informou o governo do país. Até mesmo o vice-presidente Yosiwo George, é um dos afetados pela onda.

Provocada pela sublinhagem BA.5 da variante Ômicron, essa é a primeira vez que a pandemia atinge números altos no país. Para se ter ideia, o primeiro caso confirmado da doença foi informado apenas em janeiro deste ano, de um tripulante internacional em um navio das Filipinas.

Os números começaram a aumentar consideravelmente na última semana. No sábado (23), o país computou 449 infecções diárias, elevando para 648 os contaminados desde o início da crise sanitária. No dia seguinte, o dado total foi para 1.012 e chegou a 2.769 nesta quarta-feira (27), última atualização do governo.

A maior parte das contaminações está nas ilhas de Pohnpei, capital da Micronésia, e em Kosrae. O governo ainda informou que a primeira morte relacionada à Covid foi registrada nesta terça-feira (26) e outras três foram contabilizadas nas últimas 24 horas.

Ainda conforme dados do governo, 75% da população com mais de cinco anos já recebeu ao menos duas doses das vacinas da Moderna ou da Pfizer/BioNTech e 56% dos cidadãos com mais de 45 anos tomaram a dose de reforço.

Para lidar com a onda de contaminações, o governo recomendou o uso de máscaras em todos os locais - fechados ou abertos - e pediu que a população evite aglomerações.

Os países do Oceano Pacífico foram muito eficientes em evitar que a doença se espalhasse nas ondas anteriores. Além dos temores pela Covid-19, os cuidados foram tomados para evitar que o sistema de saúde local, que é bastante pequeno, fosse capaz de lidar com a crise.

Biden testa negativo

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, 79 anos, testou negativo para a Covid-19 após cinco dias de isolamento, informou o médico do mandatário, Kevin O'Connor, nesta quarta-feira (27). Por isso, o chefe da Casa Branca já voltou ao trabalho presencial em Washington.

"Biden completou os cinco dias do antiviral Paxlovid. Ontem à noite e essa manhã teve resultado negativo aos testes de Covid", disse o profissional ressaltando que foram três os exames negativos do líder norte-americano.

O'Connor informou ainda que Biden "continuará a usar máscara pelos próximos 10 dias quando estiver na presença de outras pessoas" por precaução.

Pouco depois do anúncio médico, o presidente apareceu no jardim da Casa Branca e falou com os jornalistas. Agradecendo aos médicos que cuidaram dele, o democrata afirmou que "por sorte, teve sintomas leves e agora me sinto muito bem".

Biden testou positivo para a doença no último dia 21 e entrou em isolamento na Casa Branca. Desde o princípio, teve sintomas leves da doença. O mandatário já tomou três doses das vacinas disponíveis contra a Covid-19.