Livros

Liga dos Heróis Inúteis combate o "bullying" e o preconceito

Livro tem ilustrações no estilo dos animes japoneses

Ser adolescente não é fácil. Ser adolescente e super-herói é muito menos! Ainda mais se os seus poderes são considerados inúteis ou esquisitos pela maioria.

Em A liga dos heróis inúteis, lançado pela FTD Educação, jovens heróis “made in Brazil” passam por apuros enquanto descobrem que têm dons um tanto estranhos, como soltar pipoca pela pele, transformar objetos em flores ou mudar de cor.

Escrito pelos premiados autores Alexandre de Castro Gomes e Luiz Antonio Aguiar, o livro juvenil apresenta cinco super-heróis teen que sofrem bullying na escola e estão sempre se metendo em encrenca. Mas, unidos e com a ajuda de um mentor, os personagens descobrem que podem lutar contra uma organização criminosa internacional e que ainda sobra tempo para estudar, namorar e comer pizza.

As ilustrações são do estúdio Sapo Lendário, criado em 2013 pelos designers Natália Lima e Júnior Ramos.

A dupla é fortemente influenciada pelos traços vibrantes dos animes japoneses e levou para as imagens da obra algumas características desse estilo, como personagens com olhos grandes, movimento do cabelo, expressões faciais e cores fortes.

A obra conta a história dos heróis adolescentes PyPs, Camaleoa, Flô, Breno e Brena, que não se conheciam até serem resgatados por Tocaia, que os monitorava havia algum tempo.

Guiados pelo mentor, aprenderão a lidar com seus poderes diferentes e a trabalhar em equipe para salvar um herói que foi capturado.

A liga dos heróis inúteis é narrado por diferentes personagens a cada capítulo. O leitor conhece pouco a pouco os protagonistas da trama, conforme eles se apresentam e contam sua trajetória.

Temas como bullying, abandono, ansiedade e rejeição convivem com a descrição ao mesmo tempo séria e cômica dos poderes que diferenciam esses adolescentes dos supostamente “normais”, num momento da vida (a adolescência) em que o fantasma de uma normalidade idealizada costuma assustar. É quando a personalidade se consolida no contexto de novos grupos sociais, para além do grupo familiar.


Ilustração do livro | Divulgação

A narrativa ajuda a gerar reflexões a respeito do preconceito contra o que é diferente e da necessidade de pertencimento a um grupo. “Como lidamos com os outros, com suas qualidades e, sobretudo, com suas fragilidades? Como lidamos com nossas próprias fragilidades? Há muitas respostas possíveis, mas este romance vai mostrar que elas costumam passar pela amizade, pela mentoria e pela empatia”, destaca Estevão Azevedo, editor de literatura da FTD Educação.