Ele estava embarcando para a Suíça em voo particular, no aeroporto de Viracopos, quando a máquina de raio-x detectou uma pistola calibre 32, sem documentação.

Bernie Eccleston, de 91 anos, disse ser o dono da arma, mas alegou desconhcer que se encontrasse na bagagem. À Polícia, alegou ter comprado a pistola de um mecânico da Fórmula 1 há aproximadamente cinco anos.

A pistola, da marca LW Seecamp, estava sem o carregador e sem munições.

O porte ilegal é crime, com pena precista de quatro anos de reclusão. No entanto, o delegado do caso considerou fatores como a natureza da infração e a "notável condição pessoal de fortuna do indiciado", bem como a vida pregressa de Bernie e as circustâncias indicativas da sua periculosidade.

O empresário, que estava em sua fazenda, em Amparo, a 178 quilômetros de São Paulo, desde a primeira semana de maio, não quis acionar o seu advogado, segundo a Polícia Civil, e a esposa dele a brasileira Fabiana Ecclestone, com quem é casado desde 2012, foi a intérprete - o ex-CEO não fala português.

Bernie Ecclestone esteve presente em vários eventos do automobilismo brasileiro, neste mês, acompanhando a esposa, que é vice-presidente para a América do Sul da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Ele visitou a Copa Truck e o TCR South America em Interlagos. Depois foi a Brasília para a cerimônia de início das obras de reforma do Autódromo Nelson Piquet. Por último, esteve no Velocitta, em Mogi Guaçu, para acompanhar a quarta etapa da temporada 2022 da Stock Car.

Ele deixou o comando da Fórmula 1 em 2017, quando uma empresa americana assumiu os direitos da categoria de elite do automobilismo.

Em 2016, a sogra de Bernie Ecclestone foi sequestrada em São Paulo. Aparecida Schunck Flosi Palmeira passou nove dias em um cativeiro na cidade de Cotia, região metropolitana da capital paulista, até ser libertada por policiais. Três suspeitos foram presos.