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Período chuvoso aumenta os riscos de afogamentos nas praias

Conheça a sinalização de perigo nas praias

Foto: Bruno Concha
Agentes da Salvamar estão nas praias

O coordenador da Salvamar, Alysson Carvalho, explica que, desde o último dia 13, houve mudança na força das marés e na altura das ondas, tornando o mar mais perigoso e as correntes mais acentuadas. Por isso, há mais deságue dos rios no mar, deixando a água mais turva e com baixa visibilidade, podendo assim dificultar a visualização de pedras ou outros materiais que possam trazer risco às pessoas. Além disso, com as chuvas, o mar está muito mais agitado devido à força dos ventos e das ondas, além das correntes de retorno, o que pode trazer dificuldade para os banhistas ao entrar e sair do mar.

Outro fator importante é evitar entrar na água durante a chuva, pois há grandes possibilidades de descargas elétricas, através de raios, na água do mar. O ideal é procurar um abrigo fora dessa área. As praias de Jaguaribe, Piatã e Itapuã são as mais perigosas no período de chuva.

Demais cuidados – O órgão também dá outras orientações importantes. Primeiramente, ao chegar à praia, é recomendável procurar um posto com salva-vidas para se orientar sobre o melhor lugar para tomar banho, os locais mais perigosos e onde estão as correntes de retorno.

Além disso, é essencial não descuidar das crianças, pois o mínimo de distração pode ser fatal. Por isso, é importante manter o olhar fixo nos pequenos, sempre por perto para evitar que eles se percam e, mais que isso, uma possível ida deles sozinhos ao mar.

Outro cuidado é com o consumo de bebidas alcoólicas. Ao fazer o uso delas, o banho de mar deve ser evitado, pois o álcool na corrente sanguínea pode gerar uma falsa sensação de capacidade física favorável a enfrentar as ondas e correntezas, o que pode ser perigoso.

O coordenador lembra uma frase sempre repetida pelos agentes, que diz que “água no umbigo é sinal de perigo”. Ao entrar numa corrente de retorno, a dica é nadar paralelo à praia até que saia da corrente e nunca contra a correnteza, pois há a possibilidade de cansaço e, com isso, pode ocorrer o afogamento.

Também é importante ter cuidado com as boias, pois objetos flutuantes são levados mais facilmente pela correnteza, por isso, no mar, não se deve apostar na segurança das boias. Em praias sem salva-vidas, nada de se arriscar na água, para evitar situações adversas.

Sinalização e balanço – Outra ação preventiva realizada pela Salvamar para alertar os banhistas é a colocação de bandeiras em trechos de praia considerados perigosos. Esses são indicativos da condição do mar para o dia. A bandeira vermelha, por exemplo, representa mar muito agitado e indica a impossibilidade de mergulho no trecho demarcado, devido ao risco elevado de afogamento. O recomendado é não entrar na água.

Já a bandeira amarela simboliza um mar em atenção, no qual o banho no local está permitido, mas desde que o banhista tenha noções de nado e respeite as orientações dadas pelos salva-vidas. Por fim, a bandeira verde indica que o local é apropriado para banho, sem restrições.

Nos primeiros dois meses de 2022, o órgão contabilizou mais de 400 ocorrências de resgates de afogamentos nas praias, com mais de 45 crianças perdidas e quase cinco mil ações de prevenção e dois óbitos. Desde o dia 1º deste mês, foram 64 resgates em afogamentos, 960 ações de prevenção, quatro crianças perdidas e um óbito.

Ocorrência em terra firme – A Salvamar também realizou atuação em terra firme, no auxílio a moradores que foram afetados por alagamentos na cidade. Na manhã da quarta-feira (20) passada, agentes de salvamento aquático auxiliaram o Corpo de Bombeiros da Bahia no resgate de passageiros de um ônibus que ficou preso em um ponto de alagamento, em Lauro de Freitas.

Já na quinta-feira (21), ainda em decorrência das chuvas, a Salvamar atuou com três agentes em uma ocorrência no bairro de São Cristóvão. Na ocasião, eles auxiliaram os bombeiros na retirada de idosos em um abrigo do bairro, com a ajuda de um bote.

Contato – Em caso de emergência, além do contato direto com os profissionais, o órgão pode ser acionado através do número (71) 3363-5333. Já nas demais praias fora do trecho Jardim de Alah-Ipitanga, o contato deverá ser feito com o Grupamento Marítimo (Gmar), do Corpo de Bombeiros, no número 193.