Turismo

Turismo baiano é o que mais cresce em 12 Estados (47,3% em 2021)

O patamar ainda está 7,4% abaixo do nível pré-pandemia

Foto: Alberto Oliveira | LEIAMAISba
Praia em Imbassaí, Litoral Norte (Bahia)

O turismo da Bahia foi destaque em 2021, com crescimento de 47,3% em relação a 2020. Essa variação foi a maior entre os 12 estados analisados pelo Índice de Atividades do Turismo, o Iatur, do IBGE.

Embora o setor tenha recuperado bastante a perda de 2020, da queda de 37,1%, o patamar do ano passado ainda está 7,4% abaixo do nível pré-pandemia, 2019.

De acordo com Guilherme Dietze, consultor econômico da Federação, somente em dezembro, a alta foi de 33,1% na comparação anual, ficando na parte de cima entre as variações mais elevadas. Segundo o site de pesquisa de passagem ViajaNet, Salvador ficou entre as três cidades mais procuradas para o final do ano, ficando atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.

“Na lista das maiores variações no ano estão Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Sul, confirmando a tendência das pesquisas realizadas ao longo do ano passado pelos buscadores de passagens e pela Braztoa, que são as operadoras de turismo, com o interesse dos turistas em Recife/Porto de Galinhas, Salvador/Porto Seguro e Gramado”, pontua Guilherme Dietze.

Desta forma, fica visível o interesse do brasileiro pelas praias e a Bahia tem um grande potencial a ser explorado para incrementar ainda mais o setor e contribuir para a geração de riqueza e emprego na cadeia econômica. Tanto que, segundo dados do CAGED, houve criação de 11,1 mil vagas formais na Bahia no segmento de alojamento e alimentação, porém, insuficientes também para recompor a perda de 2020, de 15,6 mil.

“De qualquer forma, o viajante brasileiro tem entre as suas principais opções de viagens a Bahia e isso é muito importante para o poder público pensar em políticas de estímulo ao segmento, tanto com redução de burocracias e oferta de linhas de crédito para os empresários, mas também no aporte de recursos para melhoria da infraestrutura nos acessos aos principais destinos turísticos”, destaca o economista.

Em 2022 a situação vai ser desafiadora, pois o turismo depende da renda do consumidor. “E ela está sendo afetada pela inflação, desemprego e juros elevados. E o empresário por outro lado tem sofrido com o aumento dos custos”, justifica Dietze.

Será um ano difícil, mas o turismo da Bahia tem potencial de ter mais um crescimento relevante em 2022, tendo mais uma vez o destaque nacional.