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Brasil bate recorde de novos casos de Covid pelo segundo dia seguido

Casos em acompanhamento passam de 2 milhões

Foto: Fernando Frazão | Agência Brasil
A população já recebeu 351 milhões de doses de vacina contra a Covid

O número de casos de covid-19 registrados em 24 horas bateu o segundo recorde seguido em dois dias. Dessa quarta-feira (26 de janeiro) para esta quarta-feira (27), as autoridades de saúde confirmaram 228.954 novos diagnósticos da doença. Ontem, foram notificados 224.567 casos em 24 horas. A soma de pessoas com a covid-19 desde o primeiro caso no país alcançou 24.764.838

A quantidade de casos em acompanhamento de covid-19 passou dos dois milhões, com 2.041.596. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta nem evoluíram para morte.

A quantidade de mortes causadas por complicações associadas à covid-19 chegou a 625.085. Nas últimas 24 horas, foram registrados 672 óbitos pelas autoridades de saúde. Ontem, o sistema de informações contabilizava ontem 624.413 óbitos causados pela covid-19.

Ainda há 3.146 mortes em investigação. Os óbitos em investigação ocorrem pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demandar exames e procedimentos posteriores.

Até hoje, 22.098.157 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 89,2% dos infectados desde o início da pandemia.

Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada nesta quinta-feira (27). Nela, são consolidadas as informações enviadas por secretarias municipais e estaduais de saúde sobre casos e mortes associados à covid-19.

Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras ounos dias seguintes aos feriados em razão da redução de equipes para a alimentação dos dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral há mais registros diários pelo acúmulo de dados atualizado.

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (157.209), Rio de Janeiro (69.776), Minas Gerais (57.093), Paraná (41.109) e Rio Grande do Sul (36.791).

Já os estados com menos mortes resultantes da pandemia são Acre (1.861), Amapá (2.045), Roraima (2.091), Tocantins (3.989) e Sergipe (6.081).

Até esta quinta-feira foram aplicados 351 milhões de doses, sendo 163,6 milhões com a 1ª dose e 151 milhões com a 2ª dose ou dose única. Outros 36,3 milhões já receberam a dose de reforço.

Uma explosão de casos no Rio

A cidade do Rio de Janeiro registrou, nos primeiros 26 dias do ano, 228.129 casos de covid-19. Este número é maior do que todos os casos confirmados no primeiro ano de pandemia: 218.033.

O perfil epidemiológico foi atualizado nesta quinta-feira pela Secretaria Municipal de Saúde. Em 2021, o número total de casos na capital fluminense foi de 293.334. Este ano, a faixa com maior número de casos está entre 30 a 39 anos.

Embora o número de casos tenha disparado por causa da variante Ômicron, o número óbitos registrados pela covid-19 este ano é de 160. No ano passado, foram 16.108 mortes. E, em 2020, 42.629. A taxa de letalidade está em 0,1% este ano; contra 5,6%, em 2021; e 8,7%, em 2020.

Amazonas entra em fase de risco alto

O estado do Amazonas entrou na fase de risco alto por causa do aumento dos casos de covid-19. Segundo boletim divulgado ontem (26) pela Secretaria estadual de Saúde, foram registrados mais 6.266 casos e quatro mortes pela doença no Amazonas.

Com isso, o número de pessoas infectadas desde o início da pandemia subiu para 509.128 e o de mortes, para 13.908. Nesta quarta-feira, a taxa de incidência (casos por 100 mil habitantes) estava em 12.284 e a de mortalidade (óbitos por 100 mil habitantes), em 335,57.

Em 14 dias, o aumento da média móvel de casos foi de 582% e, na última semana, de 74%. O número de mortes subiu 85% de 1ª a 25 de janeiro na comparação com dezembro de 2021.

A taxa de transmissão passou para 2,04, o que significa que, a cada 100 pessoas, o potencial de contaminação pode chegar à infecção de 204 indivíduos.

A taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) estava em 68,92%. Nos hospitais públicos, o índice era de 63,21% e, nos privados, de 81,96%. Ontem havia 17 pacientes aguardando transferência para leitos de UTI covid-19.

Em janeiro, as hospitalizações aumentaram 481% no Amazonas na comparação com o mês de dezembro. A covid-19 foi a principal causa das internações A Secretaria de Saúde informou que foram ativados 56 leitos de enfermaria para covid-19 no Hospital Delphina Aziz.

Entre os pacientes internados em leitos de UTI na capital, Manaus, 24,6% completaram o esquema vacinal e 75,4% não tomaram as duas doses ou a dose única. No interior, nenhuma pessoa hospitalizada tinha concluído o ciclo vacinal.

Segundo o governo amazonense, apesar do avanço para a fase vermelha, o plano de contingência não prevê a adoção de novas medidas de distanciamento social, como restrições de horário ou funcionamento de atividades, no estado.