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Covid: casos durante o governo Biden superam os da era Trump

EUA tem novo recorde de internações por covid-19

Foto: Pixabay | Creative Commons
A variante Ômicron está superlotando os hospitais nos Estados Unidos

As hospitalizações por covid-19 nos Estados Unidos atingiram o pico de 132.646, de acordo com contagem da Reuters nesta segunda-feira (10), superando o recorde de 132.051 estabelecido em janeiro do ano passado, em meio à disseminação da variante Ômicron, que é altamente contagiosa.

O presidente Joe Biden, que assumiu criticando o ex-presidente Donald Trump pelo grande número de casos de Covid-19 no país, chegou a incentivar as pessoas vacinadas a deixar o uso de máscara e garantiu, em vídeo, que as vacinas forneciam imunização. "Quem se vacina não pega Covid", disse, para ser rapidamente desmentido pelos fatos.

Agora Biden vê as internações aumentarem de forma constante desde dezembro, dobrando nas últimas três semanas, quando a Ômicron rapidamente ultrapassou a Delta como a versão dominante do vírus nos Estados Unidos.

Conforme a análise da Reuters, os estados de Delaware, Illinois, Maine, Maryland, Missouri, Ohio, Pensilvânia, Porto Rico, Ilhas Virgens Americanas, Vermont, Virgínia e Wisconsin e a capital, Washington, têm reportado níveis recorde de pacientes hospitalizados com covid-19 recentemente.

Embora os casos sejam potencialmente menos graves, autoridades de saúde alertaram que o grande número de infecções causadas pela variante Ômicron pode sobrecarregar os hospitais, alguns dos quais já suspenderam procedimentos eletivos enquanto lutam para lidar com o aumento de pacientes em meio à escassez de funcionários.

Alta também na Europa

A Itália superou nesta segunda-feira a marca de 2 milhões de casos ativos de Covid-19, de acordo com o boletim diário do Ministério da Saúde.

Segundo o balanço, foram registrados 101.762 contágios e 227 mortes em 24 horas, elevando os totais de casos e óbitos desde o início da pandemia para 7.554.344 e 139.265, respectivamente.

Das mais de 7,5 milhões de infecções já contabilizadas, 2.004.597 estão atualmente ativas, cifra recorde na Itália, mas 99,1% (1.986.651) dessas pessoas estão em isolamento domiciliar, ou seja, apresentam uma condição que não exige atendimento hospitalar.

O país ainda tem 16.340 pacientes (0,8%) em leitos de enfermaria e 1.606 (0,1%) em UTIs.

Aceleração

Os dados do boletim diário mostram que a pandemia continua em franca aceleração na Itália, ao menos em termos de novos casos.

A média móvel de contágios em sete dias chegou ao valor recorde de 163.239 nesta segunda-feira, cifra 319% maior do que duas semanas atrás.

Já a média móvel de mortes cresce em ritmo mais lento: o índice fechou a segunda em 211, alta de 52% em relação há 14 dias. Isso é resultado de uma campanha de vacinação que já aplicou a primeira dose em quase 80% da população.

Ainda assim, a Itália tornou obrigatória a imunização contra Covid para pessoas a partir de 50 anos, faixa etária que tem cerca de 2,1 milhões de indivíduos sem cobertura vacinal. Além disso, entrou em vigor nesta segunda-feira um pacote de restrições que deve dificultar a vida dos "antivax".

As novas diretrizes se baseiam na extensão da exigência do chamado "passe verde reforçado", certificado sanitário concedido apenas a pessoas vacinadas ou recém-curadas.

Esse documento já era obrigatório em eventos esportivos, shows, casas noturnas e áreas cobertas de bares e restaurantes, mas agora também será cobrado em hotéis e estruturas receptivas, mesas de restaurantes ao ar livre, congressos, feiras, teleféricos, piscinas, cinemas e até transportes públicos.

Na prática, quem não tiver se vacinado contra a Covid ou não tiver se curado da doença há menos de seis meses ficará excluído da maior parte da vida social no país.