A Expedição Gastronômica Invisíveis da Mata, uma parceria entre chefs de cozinha, especialistas e agricultores familiares,,percorreu o Sul da Bahia nesta semana, desvendando o mundo dos cogumelos silvestres e leveduras selvagens comestíveis da Mata Cabruca (região de Mata Atlântica com vegetação própria para a produção cacaueira).
A expedição contou com a presença de chefs especializados no ‘Reino Funghi’, como o especialista em cogumelos comestíveis, Marcelo Sulzbacher, os experts em leveduras da Cia dos Fermentados, Fernando Goldenstein e Léo Andrade, e o renomado professor no segmento, professor José Luis Bezerra.
O idealizador da expedição, o chef Caco Marinho, destacou a importância da identificação desses cogumelos para alimentação e possível comercialização dos produtos: “Os agricultores familiares vão ter uma oferta garantida de vitaminas e proteína de alta qualidade, e é possível que a gente encontre os cogumelos na mata, consiga isolar os esporos, tirar a semente e domesticá-los e, nesse processo de cultivo, conseguir a frutificação em até 12 dias. Então, é muito rápido e dá uma alimentação bem completa para a família e ainda demonstra capacidade de gerar renda com o excedente.”
Entusiasmado com os benefícios dos cogumelos e leveduras, que são alimentos saudáveis e probióticos, que não sobrecarregam o organismo no processo de digestão, Caco afirma que os novos produtos poderão ser comercializados nos restaurantes. “Com certeza, a gente vai ser um mercado consumidor dos cogumelos se houver realmente essa oferta. Para quem está plantando e colhendo dentro do sistema agroflorestal, terá um custo baixíssimo e o retorno rápido, porque na mesa do restaurante esse será um produto nobre. Vai ser uma boa renda na mão das comunidades.”
Segundo a presidente da Coopessba, Carine Assunção, a experiência despertou a possibilidade de fabricação do espumante de mel de cacau e o desenvolvimento de receita de chocolate com cogumelos silvestres.
O projeto Expedições Gastronômicas é executado por meio do Bahia Produtiva, projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Banco Mundial, em parceria com o Instituto Ori.