Bahia / Nordeste

Bahia alcança marca de 94% de cobertura em exames de saúde

O índice foi alcançado com a inauguração da políclínica de Serrinha

Foto: Fernando Vivas
Policlínica de Serrinha

A cobertura proporcionada pelas policlínicas regionais de saúde se aproxima de 94% da população baiana com a unidade de Serrinha, entregue pelo governador Rui Costa, acompanhado pela secretária estadual da Saúde em exercício, Tereza Paim, nessa segunda-feira (13 de setembro).

A 21ª policlínica inaugurada pelo Governo do Estado recebeu um investimento superior a R$ 29,1 milhões, entre obras, equipamentos e veículos, e atende 500 mil habitantes de 14 municípios da região centro-leste da Bahia.

Ao todo, 391 dos 417 municípios baianos já têm acesso a policlínicas, que realizam gratuitamente os exames solicitados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Em Serrinha, Rui afirmou que outros pequenos procedimentos cirúrgicos devem ser incluídos entre os serviços oferecidos pelas policlínicas.

“Nós estamos zerando a fila de tomografia, de ressonância e de outros exames onde nós implantamos as policlínicas e vamos aumentando a eficiência da nossa gestão. Agora nós estamos contratando alguns procedimentos para fazer na própria policlínica. Além do diagnóstico na oftalmologia, por exemplo, como a policlínica está habilitada para pequenas intervenções, nós vamos contratar o serviço para fazer os procedimentos na própria policlínica, inclusive de catarata, para não precisar remeter o paciente para outro lugar. Então, nós vamos introduzir alguns procedimentos que podem ser feitos na própria policlínica, já que estamos com a rede montada”, disse.

A obra foi realizada pela Companhia de Desenvolvimento Urbano (Conder), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado (Sedur).

As policlínicas são construídas e equipadas com recursos estaduais. Durante a operação da unidade, o Estado participa com 40% do custeio e os outros 60% são financiados pelos municípios consorciados, de acordo com a sua população.

O Consórcio Público Interfederativo de Saúde da Região de Serrinha reúne os municípios de Araci, Barrocas, Biritinga, Conceição do Coité, Euclides da Cunha, Lamarão, Monte Santo, Quijingue, Retirolândia, Santaluz, São Domingos, Serrinha, Teofilândia e Valente.

A policlínica em Serrinha oferece consultas especializadas em angiologia, cardiologia, endocrinologia, gastroenterologia, neurologia, otorrinolaringologia, oftalmologia, urologia, pequenos procedimentos cirúrgicos, ginecologia, pneumologia, dermatologia, reumatologia, anestesia, fisioterapia e ortopedia. As especialidades não médicas são farmácia clínica, enfermagem, psicólogo e nutricionista e exames de mapa, holter, ecocardiograma, ergometria, eletrocardiograma, eletroencefalograma, endoscopia digestiva, ultrassonografia doppler, raio-x e tomografia.

“É um equipamento muito importante para a região do Sisal. Também é muito importante que a população procure a atenção primária do seu município e, a partir daí, ela vem com a consulta marcada, agendada, com transporte, toda segurança e agilidade nas consultas e resolutividade das suas doenças.

Há sala do pé diabético, um tomógrafo, ressonância, mamografia, exame de raio-x e uma complexidade de médicos especialistas para atender a eco, oftalmologia, ultrassonografia e todos os exames”, explicou Tereza Paim.

Para levar os pacientes de seus municípios até a policlínica, o Governo do Estado adquiriu sete micro-ônibus com ar-condicionado e acessibilidade e quatro vans, que fazem o transporte diariamente.

A unidade em Serrinha gera 84 empregos diretos. Entre eles, a assistente administrativa Rosiane Mota de Moura, 34 anos, não precisa mais viajar 40 minutos todos os dias, nos trajetos de ida e volta do trabalho. “Eu trabalhava nas cidades de Araci e Tucano, na área da educação. Para mim, foi uma benção abrir essa policlínica porque eu não vou precisar mais ficar me deslocando de uma cidade para outra. Então, é uma oportunidade muito boa”.

Dentre as especialidades médicas, destaque para as áreas de oftalmologia, ortopedia, cardiologia, endocrinologia, ginecologia e obstetrícia, otorrinolaringologia e radiologia. A policlínica conta também com enfermeiros, farmacêutico, nutricionista, ouvidor, psicólogo e assistente social.

A comerciante Nilda Oliveira de Araújo, 32 anos, trabalha com a mãe e uma filha em uma barraca de lanches, em frente à policlínica. Ela comemora a inauguração duas vezes: uma pela facilidade de fazer exames pelo SUS e outra pelo movimento que o equipamento vai proporcionar. “Já tive que fazer exames do SUS, que é um grande órgão, mas as filas são imensas. Esperamos, com essa policlínica, que isso acabe. Estou muito feliz de estar aqui, com meu empreendimento também que, com certeza, com essa policlínica, vai melhorar muito”.

Na inauguração, o governador destacou o projeto de descentralização da saúde. “Temos o orgulho de dizer que entregaremos mais de 16 hospitais para o estado da Bahia em 16 anos. Se eu considerar os municipais que nós estamos construindo e que vamos entregar até o ano que vem, isso chegará provavelmente ao entorno de 20 unidades. Isso de ter em média um hospital por ano de governo nunca ocorreu na história da Bahia”.

 Rui elencou os hospitais com obras em andamento. “Estamos publicando esta semana a licitação do [hospital] Clériston Andrade, em Feira de Santana. Estamos finalizando este ano o hospital de Itaberaba. Vamos entregar este mês duas maternidades de alta complexidade, uma em Ilhéus e outra em Seabra. Temos ainda outros hospitais a entregar, como o hospital de Luís Eduardo Magalhães, que nós estamos construindo. Vamos iniciar em novembro a construção do novo hospital do extremo sul, em Teixeira de Freitas."