Saúde

Albinismo: Muito mais do que a falta de melanina

O albinismo é algo que requer cuidados especiais por seus portadores

Foto: Pixabay.com/Creative Commons
Existem diversos níveis de albinismo
Existem diversos níveis de albinismo

De acordo com o Ministério dos Direitos Humanos, existem 21.000 mil pessoas no Brasil que são albinas. O albinismo é uma anomalia genética relacionada a síntese de melanina no corpo, aquela que é responsável pela cor da pele.

O indivíduo albino nasce com essa deficiência que afeta não somente a epiderme, mas também os cabelos e os olhos, daí uma grande preocupação que precisa ser explicada.

Diante do fato de que o Brasil é um país tropical, de altas temperaturas, a melanina é uma grande aliada para a proteção contra os efeitos da exposição solar a longo prazo. "O albino tem mais propensão ao aparecimento de lesões pré-cancerígenas e mesmo os tumores malignos de pele com o avançar do tempo, como a ceratose actínica e os carcinomas basocelulares e espinocelulares”, explica a médica dermatologista doutora Hellisse Bastos.

Para evitar problemas desta natureza, a dermatologista recomenda que “ essas pessoas evitem longa exosição sola, pois os raios do sol ao longo do tempo são um fator de risco. "Por não terem a melanina para se proteger, o ideal é sempre usarem acessórios como chapéu ou boné, além de vestirem roupas com proteção solar. Para os olhos, é importante estarem de óculos escuros também”, acrescenta.

Os diferentes níveis de albinismo

Esta informação pode não ser conhecida do grande público, mas a médica lembra que existem diversos níveis de albinismo, que vão desde casos em que a pessoa tem algum pigmento até aqueles mais graves que é a ausência total deles.

"O que não quer dizer que estas pessoas devem viver em estado de alerta o tempo todo. Essas pessoas podem viver normalmente, sem nenhuma dificuldade a mais, e podem tomar os devidos cuidados e assim não sofrerão esses danos”, diz a doutora Hellisse Bastos.

Procedimentos estéticos, pode?

Para quem deseja fazer procedimentos estéticos na pele, o ideal é sempre procurar um profissional médico para avaliar cada caso individualmente.

A dermatologista revela que uma das queixas mais comuns são as desordens pigmentares de melanina, assim a pele fica parecendo que tem uma espécie de ‘sardinhas’. "Com isso é possível fazer tratamentos com lasers que vão ajudar a equilibrar e harmonizar isso. Mas, para qualquer tratamento que se conheça, o ideal é sempre consultar um médico especializado para que ele possa te dar as recomendações necessárias”, completa.