Cidade

Tambores tocam no Pelourinho em homenagem às vítimas da Covid

Os tambores são uma cultura identitária do Pelourinho e da própria cidade de Salvador

Foto: Anderson Moreira
Tambores no Pelourinho (foto de antes da pandemia)

44 músicos dos grupos percussivos do Pelourinho “Swing do Pelô”, do maestro Ivan Santana, “Tambores e Cores”, do maestro Pacote do Pelô, “Movimento Percussivo”, do maestro Gilmario Marques e “Meninos da Rocinha”, da maestrina Elem Silva, se reunirão nesta quitna-feira (27 de maio), para realizar um ato de amor pela vida, em respeito aos que pereceram pela Covid-19, mas também para lembrar que é preciso alegria para seguir em frente  e que o Centro Histórico de Salvador e seus moradores precisam da solidariedade de toda a cidade.

O ato é resultado do encontro entre os grupos percussivos promovido através do projeto República dos Tambores, que realiza no próximo dia 29 de maio, sábado, às 16h, no canal do youtube “República dos Tambores”, uma live com músicos dos quatro grupos e a participação do cantor e compositor Tonho Matéria.

Os tambores são uma cultura identitária do Pelourinho e da própria cidade de Salvador. Emprestam som, vibração, alegria e dão aos visitantes aquela sensação de viver uma Bahia que de fato pulsa nas subidas e descidas  das ladeiras do Pelô. 

Por trás de cada tambor que toca há um trabalho quase que solitário de resgate e de geração de oportunidades para dezenas de jovens que vivem em risco social.

Série

O projeto República dos Tambores colocou no ar a vídeo-série digital “O Tambor Me Move” (#otambormemove), exibida no canal YouTube/republicadostambores.

A série conta a história dos maestros da percussão: Pacote, do Tambores e Cores, Gilmario Marques, do Movimento Percussivo, Ivan Santana, da Swing do Pelô e da maestrina Elem Silva, dos Meninos da Rocinha.

Impedidos de fazer sua arte/ofício durante a pandemia, os quatro grupos percussivos do Pelourinho usufruíram durante o verão dos benefícios implementados pelo projeto República dos Tambores, que promoveu ações de intercâmbio e aperfeiçoamento, dando também uma verba para manutenção financeira destes grupos por dois meses – beneficiando 84 artistas –, num período do ano em que estariam trabalhando intensamente, desfilando pelo Centro Histórico, no que deveria ser a alta estação turística de Salvador.

O projeto realizou workshops, disponibilizados de forma presencial e virtual. O primeiro sobre a importância do patrimônio do Centro Histórico, no Museu Eugênio Teixeira Leal, no Pelourinho, pela  museóloga Eliene Bina; dois destes workshops foram de Percussão, com Gilberto Santiago e Gustavo Di Dalva e um  workshop de Conscientização Corporal e Movimento com Sônia Gonçalves.