Mundo / Segurança

Morte de Floyd completa um ano e atos antirracistas continuam

Biden receberá família da vítima na Casa Branca

Foto: Agência Ansa
Morte de Floyd gerou uma onda de protestos antirracistas nos EUA
Morte de Floyd gerou uma onda de protestos antirracistas nos EUA

Há exatos 365 dias do assassinato de George Floyd em Minneapolis, os Estados Unidos continuam a protestar contra o racismo na sociedade e cobram a reforma dos sistemas de polícia e Justiça para que sejam mais justos.

Diversas homenagens e manifestações estão programadas para esta terça-feira (25) para lembrar não apenas Floyd, mas outras vítimas negras da violência policial. Em Minneapolis, cidade onde a brutal morte ocorreu, um grande ato está programado pelas ruas da cidade.

Também neste dia 25, a família de Floyd será recebida pelo presidente Joe Biden na Casa Branca. Segundo a mídia norte-americana, a reforma do sistema policial deve ser um dos assuntos do encontro, já que um texto sobre o tema já tramita no Congresso e conta com o apoio de alguns republicanos.

Uma das grandes mudanças, porém, foi a própria condenação do policial Derek Chauvin, a primeira do tipo no país, e que terá a pena divulgada nas próximas semanas. O agente permaneceu por mais de nove minutos com seu joelho no pescoço de Floyd, mesmo com diversos cidadãos filmando a ação e pedindo para que ele saísse de cima do homem indefeso.

Os demais agentes que atuaram na ação também serão julgados e as audiências estão marcadas para junho.

O caso

A polícia foi chamada por um funcionário de uma loja de Minneapolis que informou que um homem tentou passar uma nota de US$ 20 falsa para comprar cigarros. Floyd foi preso e, ao ser colocado dentro da viatura, começou a ter uma crise, alegando ser claustrofóbico.

Os policiais, então, imobilizaram Floyd - que já estava algemado. Floyd se jogou no chão, chorando, e então Chauvin colocou seu joelho no pescoço do homem por nove minutos e 29 segundos. Por diversas vezes, Floyd dizia que não estava conseguindo respirar e dizia que amava sua família. O homem morreu por asfixia, segundo laudo médico.

A veiculação das imagens da morte nas redes sociais causaram revolta em Minneapolis, com protestos diários, em atos que se espalharam por todos os 50 estados norte-americanos ao longo dos meses.