Livros

Livro fala sobre ios infinitos que existem na relação entre avós e netos

Uma obra que fala sobre o amor e as lembranças

Mari viu que, debaixo da cabeleira branca de avó, havia uma espécie de ´´oito deitado``, ou uma ´´cobra enrolada``. Ao questionar, a menina, tão curiosa, descobriu que era uma tatuagem do símbolo do infinito.

Mari, que adorava a avó - os olhos negros, os vestidos coloridos, as histórias de mistério que só ela sabia contar - começou a "colecionar infinitos". Ela via o símbolo em todas as formas, em todos os lugares, e fotograva tudo. Ou guardava na mente.

O livro, de Léo Cunha, fala, acima de tudo, de afeto, de saudade e de perda. A obra é para crianças, mas muitos adultos (de todas as idades) vão se identificar com a história da neta que amava a avó, ao ponto de colecionar o símbolo mais marcante dela. Um relato que desperta lembranças adormecidas e nos leva a lugares que achávamos ter esquecido. Mas que ficarão para sempre.

Mari, a menina perguntadeira, foi inspirada na filha de Léo, hoje adulta. Frases e detalhes foram colhidos pelo autor ao longo de muitos anos. E ele também faz uma importante coleção. "Comecei escrevendo em bilhetes as coisas que considero interessantes. Hoje vou registrando no meu celular. Em algum momento elas se encontram e viram histórias", diz Leo. O enredo nasceu na própria história de vida. O autor cresceu com os avós morando na casa dos pais. E as boas lembranças são muitas, ao ponto de o afeto inspirar um livro.

As ilustrações de Infinitos, feitas por Alexandre Rampazo, são um caso à parte. Além de completarem o texto, provocam uma espécie de "viagem" paralela ao que está escrito. O farol que aparece nas páginas de Infinitos, por exemplo, pode ser uma representação de toda a segurança que a avó dava à neta. "Infinitos fala sobre o sentimento de neta e de avó. E o universo está em constante expansão. A metáfora visual estabelece uma forma de conexão com o leitor", detalha Rampazo.

E o leitor, cada vez mais sagaz, perceberá, com atenção, que cada cena tem muitos significados. Para cada uma, haverá uma lembrança, um caso, uma história, despertados pelo livro. E, no fim, percebemos que o afeto poderia muito bem ser o sinônimo de Infinitos.

Sobre Leo Cunha

Leo Cunha é mineiro de Bocaiúva, autor de mais de 60 livros, entre literatura infantil e juvenil, crônicas e poesia. Também publicou contos e poemas em diversas antologias e traduziu mais de 30 livros. Suas obras receberam diversos prêmios no campo da literatura infantil e juvenil, entre os quais: João-de-Barro, Jabuti, Nestlé, FNLIJ, Biblioteca Nacional, Adolfo Aizen e Concurso Nacional de Histórias Infantis do Paraná. Formado em jornalismo e em publicidade e propaganda, mestre em ciência da informação e doutor em artes, leciona, desde 1997, em cursos de graduação e pós-graduação em universidades mineiras.

Sobre Alexandre Rampazo

Alexandre Rampazo ilustra e escreve livros ilustrados. Nasceu em São Paulo, onde vive até hoje. Formou-se em design e foi diretor de arte. Recebeu importantes prêmios literários, como o Jabuti, o FNLIJ, Prêmio Biblioteca Nacional, Premio Fundación Cuatrogatos, Troféu Monteiro Lobato, entre outros. Seus livros foram editados no Brasil, América Latina e Europa.
 

Ficha Técnica

Obra: Infinitos

Autor: Leo Cunha

Ilustrador: Alexandre Rampazo

Formato: brochura

Número de páginas: 36

ISBN: 978-65-5539-260-9

Sugestão de Preço de Capa: R? 39

Disponível também nas versões digital e audiolivro.