O gás natural veicular (GNV), vendido pela Bahiagás, teve um reajuste médio de 35,5% para o setor automotivo, desde o dia 01 de maio (sábado), conforme a resolução da AGERBA nº 22 de 29/04/2021, publicada no Diário Oficial da última seta-feira (30 de abril).

 O aumento é motivado pelo reajuste da Petrobras de 39% no preço de aquisição do produto.

De acordo com o presidente do Sindicombustíveis Bahia, Walter Tannus Freitas, os motoristas que utilizam o GNV, principalmente os de aplicativo, vão sentir mais diretamente o aumento. “Quem trabalha profissionalmente com o carro, com transporte de pessoas, geralmente usa o GNV e, provavelmente, terá que pagar mais caro pelo combustível”, comenta. 

O reajuste é previsto em contratos de venda do gás, com cláusulas que consideram o preço de referência do petróleo e o câmbio, indicadores que vêm tendo alta desde 2020, pressionando a inflação no Brasil.

Categoria sai prejudicada

Denis Paim, presidente da Associação Geral dos Taxistas da Bahia, assevera que o aumento do combustível prejudica os taxistas, que devido à pandemia do coronavírus têm amargado prejuízo.

" Está mais difícil para nós , porque estamos mais tempos parados nos pontos de táxi. Chegamos a ficar três horas parado no ponto esperando um passageiro. Tivemos uma queda de 85% no percentual de corridas e cinco anos sem um reajuste anual, fora que, quando circulamos, corremos o risco de levar um passageiro e ser assaltado. Tem sido difícil ser taxista e agora este aumento? Como vamos viver?", conclui.