O Fundo Russo para Investimentos Diretos (RDIF) anunciou um novo acordo de produção da vacina Sputnik V na China nesta quinta-feira (1º). Dessa vez, a parceria com a TopRidge Pharma, subsidiária do grupo chinês Tibet Rhodiola Pharmaceutical Holding, prevê a fabricação de 100 milhões de doses do imunizante anti-Covid.
Ainda conforme o comunicado, "as partes pretendem cooperar em testes cínicos da vacina na china e promover a Sputnik V no país". A meta é que a empresa chinesa distribua as ampolas tanto no território chinês como em Hong Kong, Macau e Taiwan - após a aprovação das autoridades sanitárias locais.
"A cooperação com o Tibet Rhodiola vai ajudar a aumentar as capacidades de produção da Sputnik V na China para providenciar as quantidades necessárias e ajudar os parceiros no país e globalmente a lutar contra a pandemia. A China é um dos maiores centros de produção da Sputnik V e nós estamos prontos para aumentar a parceria com produtores locais", disse o CEO do RDIF, Kirill Dmitriev, em nota oficial.
Esse é o segundo acordo do tipo anunciado nesta semana. Na segunda-feira (29), o RDIF fechou uma parceria com o Shenzhen Yuanxing Gene-Tech para a produção de 60 milhões de doses da vacina.
A Sputnik V foi a primeira vacina desenvolvida na Rússia contra o coronavírus Sars-CoV-2 e foi criada pelo Instituto Gamaleya de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia com o apoio dos ministérios da Saúde e da Defesa. O RDIF, por sua vez, é o principal investidor financeiro e o responsável por negociar a vacina com parceiros internacionais.
Atualmente, conforme dados do próprio governo russo, o imunizante já foi aprovado em 58 países e os resultados apresentados nos testes de fase 3 no país mostram uma eficácia de 91,6% - em dados confirmados pela revista científica "The Lancet" - na prevenção da Covid-19.
Além da Sputnik V, os pesquisadores desenvolveram mais duas vacinas: a EpiVacCorona, do Instituto Vector de Novossibirski, e a CoviVac, do Instituto Chumarov.