Comportamento

Veja o que os brasileiros estão buscando na internet sobre vacina

A procura por "vacina de dose única" subiu 610%

Foto: Pixabay/Creative Commons
O Google é o mecanismo de buscas mais usado no Brasil

O termo mais procurado, com uma média de 115 mil buscas no ano de 2020, foi "Coronavac", a vacina que está sendo aplicada na maior parte do país. Em segundo, o mais pesquisado com 94 mil buscas foi "Fiocruz", ou "Fundação Oswaldo Cruz", o responsável por viabilizar a produção da vacina de Oxford no Brasil, que ocupa o terceiro lugar com 81 mil buscas em média durante o ano de 2020.

O quarto termo mais buscado foi "Pfizer", o laboratório que também produziu a sua própria vacina e tentou negociá-la com o Brasil, com 64 mil em média em 2020.

Em quinto lugar ficou o "Instituto Butantan", com média de 42 mil buscas, por ser o principal parceiro de produção e distribuição da Coronavac no Brasil, além de ter feito uma parceria com um grande funkeiro para a produção de uma música em homenagem ao momento do início da vacinação no país.

Em sexto aparece "Johnson & Johnson", com 27 mil, outra empresa que fez a sua própria versão do imunizante contra o novo coronavírus.

Outra pesquisa foi pelo conjunto "vacina de Oxford", com 19 mil buscas em média durante o ano de 2020. Essa foi uma das primeiras opções a fazerem parte do currículo de vacinas disponíveis para o nosso país. Segue-se "Sinovac", com 17 mil buscas, na procura pelo laboratório responsável por fazer a coronavac e distribuí-la para o resto do mundo.

Há, ainda, na lista, o laboratório "Sanofi", com 15 mil buscas, que entrou mais recentemente no jogo das vacinas para concorrer com a Pfizer e a Biontech.

E em décimo lugar com 10 mil buscas, a farmacêutica "GSK", que está desenvolvendo em parceria com a CureVac uma vacina para as novas mutações do coronavírus que já estão aparecendo ao redor do mundo.

Confira a lista completa (média mensal de buscas online de janeiro de 2020 a dezembro de 2020 no Brasil)

1. Coronavac: 115 mil
2. Fiocruz: 94 mil
3. Oxford: 81 mil
4. Pfizer: 64mil
5. Instituto Butantan: 42 mil
6. Johnson & Johnson: 27 mil
7. Vacina de Oxford: 19 mil
8. Sinovac: 17 mil
9. Sanofi: 15 mil
10. GSK: 10 mil

"As buscas na internet têm sido uma aliada nesse momento de disseminação de informações em velocidades recordes. Um bom ranqueamento das informações no mecanismos de buscas de forma que o usuário encontra tudo com mais facilidade, ajuda a formar um pensamento crítico mais conciso e evita que as pessoas leiam fake news em sites menos confiáveis e disseminem esse conteúdo", destaca Fernando Angulo Fernando Angulo, Head of Communications da Semrush, plataforma SaaS de gerenciamento de visibilidade online e marketing de conteúdo, que fez um levantamento

Além da busca pelos imunizantes e as farmacêuticas, a procura dos usuários também girou em torno de termos relacionados a esse assunto.

O campeão em crescimento foi a expressão "vacina de dose única", com um aumento de 610% se comparados os dados de dezembro de 2020 com os de janeiro de 2021.

Em segundo lugar. as buscas por "duas doses de vacina" com o aumento de 433,33%. Trata-se da quantidade de imunizante que será necessário tomar. A população quer saber quando será possível vacinar um número significativo da população e controlar a disseminação no Brasil.

Em terceiro lugar ficou a busca por "vacina placebo", com aumento de 354,55% que é um dos passos dentro dos testes clínicos das vacinas no Brasil. Quando as opções de vacinas começaram a ser testadas no País, uma parte dos voluntários que tomaram as doses dos testes, acabou por tomar uma preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, que serve como base para comparações ao final dos testes. Logo após houve um crescimento de 284,62% nas buscas por "eficácia da vacina".

A pesquisa relacionada que ficou em quinto lugar foi "vacina mata", com o aumento de 170,27%. Apesar de o Brasil já ter erradicado doenças altamente contagiosas por meio de vacinas comprovadas cientificamente, o novo coronavírus levantou essa suspeita de que se vacinar poderia ser mais maléfico do que a própria doença.

Empatados em sexto lugar vem "placebo", outra vez, com um aumento de 166,67% e "Instituto Butantan", com a mesma porcentagem de aumento se comparados os dados de dezembro de 2020 com janeiro de 2021.

Em sétimo lugar, com o aumento de 163,16%, a Semrush listou a "vacina é eficaz", uma dúvida recorrente se levada em consideração a rapidez que os imunizantes tiveram que ser produzidos nos laboratórios e os testes clínicos que tiveram que acontecer mais rapidamente do que o usual.

Em oitavo lugar, "antivacina", com 127,27%, um movimento que vem ganhando adeptos há alguns anos e que prega que ninguém deve se vacinar pois isso traz mais malefícios do que benefícios ao nosso organismo.

E por fim, o ranking é composto pelo aumento de 81,82% pelo termo "vacina" e 56,25% pelo termo "vachina", uma alusão ao termo vacina e o país de origem da vacina mais comum aqui, a China. Houve uma certa desconfiança por parte da população que acredita que a vacina advinda do país oriental poderia causar outras reações adversas mais graves que o próprio coronavírus.

Ranking completo de aumento percentual de buscas:

1. Vacina dose única: 610%
2. Duas doses de vacina: 433,33%
3. Vacina placebo: 354,55%
4. Eficácia vacina: 284,62%
5. Vacina mata: 170,27%
6. Placebo e Instituto Butantan: 166,67%
7. Vacina é eficaz: 163,16%
8. Antivacina: 127,27%
9. Vacina: 81,82%
10. Vachina: 56,25%