Bahia / Nordeste

Governo baiano vai à Justiça para comprar vacina russa contra Covid

O anúncio foi feito nesta sexta-feira (15)

Rui Costa entrega 33 vans para Policlínicas Regionais na Bahia

O governador da Bahia, Rui Costa, solicitou que a Procuradoria Geral do Estado ingresse com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo uma decisão em caráter liminar e emergencial para efetivar a compra da vacina russa Sputnik V.

O anúncio foi feito pelo governador na manhã desta sexta-feira (15 de janeiro), em Salvador.

“Temos um contrato de prioridade no fornecimento e temos condições de colocar essa vacina na Bahia. Não podemos assistir passivamente baianos e brasileiros morrerem”, ressaltou Rui Costa.

“Em uma absoluta insensibilidade, as autoridades federais estão de braços cruzados e só repetem que não podem fazer nada. Era melhor cada um pedir renúncia ou demissão do cargo que ocupam, se não podem fazer nada”, disse o governador baiano. 

Ele reforçou que empresários, imprensa e trabalhadores precisam reagir a essa falta de compromisso com a saúde e a vida do povo brasileiro. “Nosso povo não merece ser maltratado e humilhado pelas autoridades federais que não têm empatia.”

Rui Costa divulgou parte da logística do Governo do Estado para a vacinação contra a Covid-19 na Bahia. “Teremos mais de 5 mil salas de vacina e 50 mil profissionais de saúde envolvidos nesta gigantesca operação contra a Covid-19. Só falta a vacina chegar para iniciarmos a vacinação nos 417 municípios”, disse.

Rui também destacou que a operação terá início com a distribuição de 10,2 milhões de seringas e agulhas que já estão em estoque na Bahia. Outras 19,8 milhões de seringas e agulhas foram compradas pela Secretaria Estadual da Saúde para vacinação após as 4 primeiras fases estabelecidas pelo Ministério da Saúde.

Casos na Bahia

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 4.113 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,8%) e 3.710 recuperados (+0,7%). Dos 523.068 casos confirmados desde o início da pandemia, 505.398 já são considerados recuperados e 8.127 encontram-se ativos.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (22,35%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (10.586,47), Muniz Ferreira (8.690,38), Conceição do Coité (8.569,03), Itabuna (8.234,10) e Jucuruçu (8.174,45).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 927.920 casos descartados e 130.682 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta quinta-feira (14).

Na Bahia, 38.227 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

O boletim epidemiológico da quinta-feira (14) contabiliza 31 mortes que ocorreram em diversas datas. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de mortes por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 9.543, representando uma letalidade de 1,82%. Dentre as mortes, 56,52% ocorreram no sexo masculino e 43,48% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 55,11% corresponderam a parda, seguidos por branca com 19,26%, preta com 14,69%, amarela com 0,65%, indígena com 0,13% e não há informação em 10,16% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 70,94%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (73,68%).