O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quinta-feira (11) que o Instituto Butantã fechou uma parceira com a empresa chinesa Sinovac para realizar a terceira fase de testes de uma vacina contra o coronavírus (Sars-CoV-2).
Chamando a data de "dia histórico para São Paulo e para o Brasil", Doria afirmou que, caso a vacina tenha sucesso nessa nova fase de testes, com nove mil voluntários, ela será produzida pelo Butantã e deve estar disponível até "junho de 2020". A terceira fase será iniciada já no mês de julho, após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de comitês de ética.
Chamada de CoronaVac, a imunização consiste em uma versão quimicamente inativada do Sars-CoV-2, sendo um dos métodos de criação de vacina mais tradicionais, já usado no caso de outros vírus, como no da Influenza e hepatites. Ela começou a ser testada no mês de abril pela Sinovac.
As duas primeiras fases foram finalizadas na China, sendo consideradas um sucesso, e, como a propagação da doença está bastante controlada em seu território, o Brasil apareceu como um dos principais locais para a testagem. A ampla capacidade de produção de vacinas pelos brasileiros também é um fator positivo do processo.
Atualmente, há mais de 100 vacinas em processo de produção por todo o mundo e a da Sinovac é considerada uma das mais avançadas em seus testes.
Além dela, uma desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, também será testada no Brasil sob coordenação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A candidata chama-se ChAdOx1 nCoV-19 e envolverá testes com pelo menos duas mil pessoas no país - também já na Fase 3 de desenvolvimento.
Também estão no estágio mais avançado a mRNA-1273, criada pela empresa Moderna e o Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID) dos Estados Unidos; e a Ad5-nCoV da CanSino e do Instituto de Biotecnologia de Pequim, da China.